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                                                TRABALHADORES

     A última greve dos estivadores do porto de Lisboa revelou-nos várias coisas que talvez não fossem do conhecimento generalizado. E seria um bom serviço a prestar se se analisassem, agora, todos os contornos da luta daqueles trabalhadores - todos os contornos! Assim, podia-se obter o remédio para males maiores, de que o país há muito padece.

     A revelação dos enormes custos que a greve estava provocando levou a negociações duras e prolongadas. A sangria da economia estancou, e será agora chegado o momento de redobrar os esforços para a desejada recuperação.

     Mas:
- a greve durava há um mês e poucos com isso pareciam incomodar-se, e dela se dava pouca notícia.
- os trabalhadores tinham contratos elaborados por uma empresa que, diz-se, fora "encaixada" no        sistema, como um corpo estranho.
- as razões que deram origem à greve nasceram há anos, durante a vigência do anterior Governo, o  qual por conveniência se alheou completamente do problema.
- as organizações sindicais e as autoridades reguladoras das condições de trabalho nem sempre  trataram do mesmo modo, e com a importância devida, os interesses dos trabalhadores e do país.

     Então:
- será necessário ter sempre bem presente que o trabalho não pode deixar de ser dignificado.
- há que reconhecer que o esforço de quem trabalha e a responsabilidade de quem dirige convergem  para o nosso bem comum.

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