Avançar para o conteúdo principal


                             CÓDIGO DOS OPRIMIDOS

     Não quero acreditar que o Código do Trabalho contenha nos seus incontáveis artigos um que seja contra a dignidade das pessoas que trabalham. Contra a dignidade dos trabalhadores!
     Se isso acontecesse, seria gravemente violado um princípio constitucional, e então o Código do Trabalho seria ilegal. Sem dúvida, ilegal!
     Na letra, parece que tal não sucede. Na prática, porém, tudo é diferente: as violações são muitas, constantes, e decorrem à descarada.

     Muitos dos (grandes) patrões desempenham sistematicamente o papel de donos de imensas roças: colhem os lucros, o mais que podem, e mandam cortar mais e mais na ração...
     Eles são intocáveis.
Os capatazes executam as ordens dos senhores, que ninguém vê, e ainda acrescentam o seu quinhão de pretensa autoridade: enquanto os trabalhadores puderem respirar, estarão aptos para o trabalho!

     Há em Portugal uma entidade, dependente da organização do Estado, que deveria, por missão, cuidar da observância das condições de trabalho: natureza e cumprimento dos contratos, e a sua legalidade, horários, salários e condições sociais de quem trabalha.
     Se a tal entidade - ACT- actuasse, como é seu dever, não se verificavam os inaceitáveis atropelos às leis laborais e não permitiria, nunca por nunca, que os trabalhadores fossem oprimidos, esmagados e vencidos, por um Código de Trabalho de uma via só.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

                            PARLAMENTO EUROPEU E LÍNGUA PORTUGUESA       Sirvo-me de um artigo escrito por Anselmo Borges (padre e filósofo) no "Diário de Notícias" (14.04.2012), no qual me inspiro para destacar dois pontos:      - Vasco da Graça Moura, então director do Centro Cultural de Belém, suspendeu a aplicação do Acordo Ortográfico. Poucos tiveram a lucidez e a coragem de tomar idêntica decisão.      - O actual MNE, e então eurodeputado Paulo Rangel, escreveu: "o gesto no CCB é o início de um movimento, cada dia mais forte, de boicote  cívico a uma mudança ortográfica arrogante e inútil " (sublinhado meu).      Está a decorrer em Lisboa a Feira do Livro, que será aproveitada como montra de vaidades e discursos vazios, enquadrados na campanha eleitoral para as próximas eleições para o Parlamento Europeu. Em tantos discursos de "fervor patriótico"...
O PÉRIPLO Excursionou o executivo camarário, sem a Oposição, por algumas freguesias do Concelho, a observar o andamento das obras . Ora, sendo verdade - ao que afirmam - que todos os trabalhos são devida e continuadamente seguidos, não teria sido necessário "sair da toca", que é como quem diz, sair dos gabinetes. Guiado pelos capatazes, o executivo verificou em Aver-o-Mar o apoio para os tempos livres dos pescadores (uma promessa de há 4 anos, com desenho, do actual presidente da Junta de Freguesia; mas como foi o PSD que ganhou a Câmara...), em Aguçadoura viu (?!) as obras do paredão derrubado pelo mar (ou foi só o lançamento da obra, 7 meses depois da derrocada?), passeou numa rua pavimentada na Estela e viu uma outra em Amorim. Depois de terminado o giro, foi o regresso à Casa-Mãe. A demora maior foi em Aguçadoura: para além das obras, foram os momentos de contemplação da histórica placa da inauguração da estação de tratamento do ...
UM "BURACO" FINANCEIRO? Ontem, 26 de Abril, foi noite de Assembleia Municipal. Sessão Ordinária, com dois pontos em destaque: 1) Carta Educativa da Póvoa de Varzim. 2) Relatório de Gestão e Contas de 2006. - A Carta Educativa é um documento que cumpre o Dec.Lei 7/2003, de 15 de Janeiro, e servirá para planear a rede de ofertas de educação e formação, possibilitando no futuro o exercício de uma cidadania plena e consciente. Interessa a todos nós. Sabe, porventura, o que ela contém? Participou na sua discussão pública? - O Relatório de Gestão e Contas seguiu o guião do costume: o PSD diz que 2006 foi um exercício excelente, com óptimos resultados; a Oposição demonstra que não é exactamente assim. O PS e a CDU apresentaram números (que constam no Relatório). Mas fala "verdade" quem tem a maioria... Será isto que os poveiros merecem? O PS encontrou uma discrepância de 2 milhões de euros e, naturalmente, pediu explicações. Um deputado municipal ...