NÃO DIGAM MAL DA PÓVOA!
Há alguns anos (ainda se publicava o «Notícias da Póvoa») realizou-se na Filantrópica um debate sobre a Comunicação Social poveira, com representantes dos quatro semanários locais. Várias questões na agenda: necessidade de tantos jornais, cobertura noticiosa da cidade e do concelho, públicos-alvo, qualidade da informação, jornalismo de investigação, independência dos poderes político e económico, etc. Ficou no ar o desejo da fusão de jornais (dois seriam suficientes, alvitrou um dos representantes), a impossibilidade de se fazer um mínimo de jornalismo de investigação, e também alguma dificuldade do jornalista em «sair fora dos trilhos». Unânime foi a opinião de que seria preciso informar com verdade.
Da assistência alguém pediu a palavra para dizer que tinha que haver algum cuidado naquilo que certos cronistas escreviam, os quais não deviam dizer mal da Póvoa, pois seria uma má imagem que se passava aos nossos emigrantes. De pasmar!
Quando o poder autárquico é o primeiro a não cumprir as leis e regulamentos que se destinam a melhorar a nossa qualidade de vida, quando esse poder considera prioritárias as
obras de lucro fácil e não as necessidades básicas, quando os mesmos responsáveis não promovem as verdadeiras potencialidades da terra e das suas gentes, há só uma saída de verdadeiro poveiro: denunciar as situações anómalas, embora isso nos custe, porque óptimo seria estarmos todos de parabéns. Não é o caso, nos tempos que correm.
E quem pactua com este estado de coisas não está a ser um cidadão (poveiro) de corpo inteiro.
Há alguns anos (ainda se publicava o «Notícias da Póvoa») realizou-se na Filantrópica um debate sobre a Comunicação Social poveira, com representantes dos quatro semanários locais. Várias questões na agenda: necessidade de tantos jornais, cobertura noticiosa da cidade e do concelho, públicos-alvo, qualidade da informação, jornalismo de investigação, independência dos poderes político e económico, etc. Ficou no ar o desejo da fusão de jornais (dois seriam suficientes, alvitrou um dos representantes), a impossibilidade de se fazer um mínimo de jornalismo de investigação, e também alguma dificuldade do jornalista em «sair fora dos trilhos». Unânime foi a opinião de que seria preciso informar com verdade.
Da assistência alguém pediu a palavra para dizer que tinha que haver algum cuidado naquilo que certos cronistas escreviam, os quais não deviam dizer mal da Póvoa, pois seria uma má imagem que se passava aos nossos emigrantes. De pasmar!
Quando o poder autárquico é o primeiro a não cumprir as leis e regulamentos que se destinam a melhorar a nossa qualidade de vida, quando esse poder considera prioritárias as
obras de lucro fácil e não as necessidades básicas, quando os mesmos responsáveis não promovem as verdadeiras potencialidades da terra e das suas gentes, há só uma saída de verdadeiro poveiro: denunciar as situações anómalas, embora isso nos custe, porque óptimo seria estarmos todos de parabéns. Não é o caso, nos tempos que correm.
E quem pactua com este estado de coisas não está a ser um cidadão (poveiro) de corpo inteiro.
Comentários
se a Póvoa está mal deve dizer-se a verdade...Se aPóvoa está bem deve dizer-se averdade também..
OMITIR TAMBÈM É MENTIR!
São confrangedores e motivo de perplexidade a omissão e o branqueamento das ilegalidades e da incompetência dos responsáveis pelo governo local. Esconder a verdade é o primeiro passo para manter a podridão. É um gesto de cumplicidade que alguns teimam em fazer em nome de uma hipócrita defesa do bom nome da Póvoa, mas que não é mais que o prestar de vassalagem aos poderosos que se temem ou quem com oportunisticamente convém manter a porta aberta ao favor eventualmente necessário. Há gente assim. Que só sabe estar com o Poder. É um vício. Conheço alguns que sempre lamberam as botas a Manuel Vaz, que agora o elegem culpado de todas as culpas, ao mesmo tempo que lambem as botas de Macedo Vieira. Um MV por outro MV...
Mas, o bom nome de uma terra defense-se com rigor, com conhecimento, com verdade e com um combate sem tréguas à deriva dos valores éticos e morais que, de um modo ou de outro, se tem reflectido na forma da cidade e no seu modelo de desenvolvimento.
O inconformismo é renovador e factor de progresso. O silêncio cobarde de ocasião, a troco das migalhas de um sorriso do Poder ou de alguma benesse, é contrário ao bem comum!
J.J.Silva Garcia