OS SUPERIORES INTERESSES
O terminal do Metro (Linha B/Vermelha) queda-se na entrada da cidade da Póvoa, a Sul, e sem estacionamento, como há nas outras estações, doutros concelhos, o que só se pode entender pela incapacidade ou desinteresse da nossa autarquia, sem exclusão doutras razões. Disso não há dúvidas!
O concelho da Póvoa não tira do metro os benefícios que devia tirar.
No fim da viagem,quem reside na cidade pode ir a pé para casa. Quem vive fora, que se amanhe.
Houve oportunidade para apresentar ideias à Metro do Porto, no início do projecto, e houve mais que tempo para reivindicar a satisfação das pretensões da população poveira. Nunca o fizeram, mesmo estando a autarquia englobada no conjunto dos decisores.
Em 2004, numa reunião com a Administração da Metro do Porto, apresentámos a questão da viabilidade de fazer chegar a Linha B até Barreiros, onde passaria a existir um centro intermodal, servindo dessa forma os interesses dos poveiros, da cidade e principalmente as populações do concelho. Houve concordância, da parte da Administração; faltava apenas a Autarquia apresentar o projecto, para avaliação.
A Autarquia poveira - o mesmo PSD - foi mais além (relato de memória o que se ouviu na Assembleia Municipal): que já havia estudos nesse sentido, faltando apenas o sim da Administração do Metro!
Mentira!
E até hoje, nada.
Compreende-se o "problema" criado pela antiga Garagem Linhares, e estou de acordo com a ideia do aproveitamento desse espaço (para galerias, lojas, etc.) e saída para a Praça do Almada. Mas essa ideia não é de génio, é apenas vulgar.
E mesmo havendo aquele "problema", nada impediria que se fosse tentando, ao longo dos anos já decorridos, prolongar a Linha B até Barreiros.
Nada disseram e nada fizeram!
Nesta última grande invernia, de inundações, alguém levantou publicamente a questão da imagem degradante para a cidade provocada pelo péssimo estado, de abandono, dos terrenos enlameados próximos da estação terminal, e dos muitos incómodos causados aos passageiros. Foi pedida a intervenção da Câmara Municipal para conseguir uma solução.
Em Fevereiro passado agiu a Autarquia - leu-se nos jornais - com reacção tardia e discurso gasto, a que nos fomos habituando. Seria tempo de acabar com patranhas...
A Folha Municipal (23 mil exemplares) de Abril abre com um textinho e três esclarecedoras fotografias, a encherem a primeira página. É propaganda já há muito fora de moda, que já não regista, sequer, a realização das reuniões do Executivo.
As imagens pretendem mostrar que os três principais membros do executivo camarário, enfarpelados de fatinho domingueiro e sapato fino, tomaram conhecimento da situação, no local. Ficou registado o acto.
Do textinho retiro dois dados importantes: 1) o estacionamento previsto para 300 viaturas nos terrenos encostados à estação; 2) que na questão do prolongamento da estação até à antiga Garagem Linhares, a ideia não é prolongar a linha.
Agora está tudo claro. Com ditos e desditos, chega-se à verdade final: o metro continuará a vir morrer à entrada da cidade!
"Isto vai acontecer, porque é o superior interesse da cidade", declarou o Presidente da Câmara Municipal, Macedo Vieira (in Folha Municipal, nº 162).
O terminal do Metro (Linha B/Vermelha) queda-se na entrada da cidade da Póvoa, a Sul, e sem estacionamento, como há nas outras estações, doutros concelhos, o que só se pode entender pela incapacidade ou desinteresse da nossa autarquia, sem exclusão doutras razões. Disso não há dúvidas!
O concelho da Póvoa não tira do metro os benefícios que devia tirar.
No fim da viagem,quem reside na cidade pode ir a pé para casa. Quem vive fora, que se amanhe.
Houve oportunidade para apresentar ideias à Metro do Porto, no início do projecto, e houve mais que tempo para reivindicar a satisfação das pretensões da população poveira. Nunca o fizeram, mesmo estando a autarquia englobada no conjunto dos decisores.
Em 2004, numa reunião com a Administração da Metro do Porto, apresentámos a questão da viabilidade de fazer chegar a Linha B até Barreiros, onde passaria a existir um centro intermodal, servindo dessa forma os interesses dos poveiros, da cidade e principalmente as populações do concelho. Houve concordância, da parte da Administração; faltava apenas a Autarquia apresentar o projecto, para avaliação.
A Autarquia poveira - o mesmo PSD - foi mais além (relato de memória o que se ouviu na Assembleia Municipal): que já havia estudos nesse sentido, faltando apenas o sim da Administração do Metro!
Mentira!
E até hoje, nada.
Compreende-se o "problema" criado pela antiga Garagem Linhares, e estou de acordo com a ideia do aproveitamento desse espaço (para galerias, lojas, etc.) e saída para a Praça do Almada. Mas essa ideia não é de génio, é apenas vulgar.
E mesmo havendo aquele "problema", nada impediria que se fosse tentando, ao longo dos anos já decorridos, prolongar a Linha B até Barreiros.
Nada disseram e nada fizeram!
Nesta última grande invernia, de inundações, alguém levantou publicamente a questão da imagem degradante para a cidade provocada pelo péssimo estado, de abandono, dos terrenos enlameados próximos da estação terminal, e dos muitos incómodos causados aos passageiros. Foi pedida a intervenção da Câmara Municipal para conseguir uma solução.
Em Fevereiro passado agiu a Autarquia - leu-se nos jornais - com reacção tardia e discurso gasto, a que nos fomos habituando. Seria tempo de acabar com patranhas...
A Folha Municipal (23 mil exemplares) de Abril abre com um textinho e três esclarecedoras fotografias, a encherem a primeira página. É propaganda já há muito fora de moda, que já não regista, sequer, a realização das reuniões do Executivo.
As imagens pretendem mostrar que os três principais membros do executivo camarário, enfarpelados de fatinho domingueiro e sapato fino, tomaram conhecimento da situação, no local. Ficou registado o acto.
Do textinho retiro dois dados importantes: 1) o estacionamento previsto para 300 viaturas nos terrenos encostados à estação; 2) que na questão do prolongamento da estação até à antiga Garagem Linhares, a ideia não é prolongar a linha.
Agora está tudo claro. Com ditos e desditos, chega-se à verdade final: o metro continuará a vir morrer à entrada da cidade!
"Isto vai acontecer, porque é o superior interesse da cidade", declarou o Presidente da Câmara Municipal, Macedo Vieira (in Folha Municipal, nº 162).
Comentários
É uma tristeza confrangedora o permanente "estado de alma" das populações das freguesias, de quem os governantes fazem gato-sapato,e ainda têm de volta os seus votos, agradecidos...
A grande cruzada são as freguesias, se é que ainda se acredita nalguma coisa.
Dá para perguntar o que é que esta gentinha medíocre pretende fazer quando se propõe para os cargos e, depois, o que pensa dos interesses dos cidadãos!