Avançar para o conteúdo principal
LEGITIMIDADE

Muito recentemente, o presidente da autarquia poveira integrou uma delegação doutros autarcas para, junto do Ministro das Obras Públicas, protestar contra a introdução de portagens nas SCUTs (IC1/A28, no nosso caso).
Sobre este acontecimento, levanto duas questões.

Primeira questão: o nosso autarca foi protestar CONTRA as portagens (traduzindo os interesses dos poveiros) ou manifestar apenas a sua própria opinião, que é, como se sabe, favorável ao pagamento?
Se foi na segunda condição (como se veio a saber pelos jornais), o presidente da autarquia NÃO representou os seus munícipes, mas apenas ele próprio.

Segunda questão: a Assembleia Municipal aprovou, por UNANIMIDADE, e antes da supracitada deslocação, uma MOÇÃO (a enviar às entidades competentes) CONTRA o pagamento de portagens. É o teor e o valor desta Moção que qualquer representante do Município tem a obrigação de seguir, mesmo sendo contra a sua própria vontade.
Pelos vistos, tal não aconteceu.

Assim, parece carecer de legitimidade política a posição assumida pelo presidente da autarquia poveira, tomada à revelia de uma decisão unânime da Assembleia Municipal.

Comentários

José Leite disse…
Quantas vezes os presidentes não respeitam as assemblreias municipais?

Jardim, chegou ao ponto de dizer que as AM's eram desnecessárias, bastavam os executivos!

Os planos de actividades tantas vezes são adulterados pelos executivos!!!

As AM's, nos moldes actuais, são meros objectos decorativos... e é pena que assim seja!

Mensagens populares deste blogue

                            PARLAMENTO EUROPEU E LÍNGUA PORTUGUESA       Sirvo-me de um artigo escrito por Anselmo Borges (padre e filósofo) no "Diário de Notícias" (14.04.2012), no qual me inspiro para destacar dois pontos:      - Vasco da Graça Moura, então director do Centro Cultural de Belém, suspendeu a aplicação do Acordo Ortográfico. Poucos tiveram a lucidez e a coragem de tomar idêntica decisão.      - O actual MNE, e então eurodeputado Paulo Rangel, escreveu: "o gesto no CCB é o início de um movimento, cada dia mais forte, de boicote  cívico a uma mudança ortográfica arrogante e inútil " (sublinhado meu).      Está a decorrer em Lisboa a Feira do Livro, que será aproveitada como montra de vaidades e discursos vazios, enquadrados na campanha eleitoral para as próximas eleições para o Parlamento Europeu. Em tantos discursos de "fervor patriótico"...
                                                    PORTUGAL E BRASIL      A próxima cimeira luso-brasileira, a 19 deste mês, vai juntar os mais altos governantes dos dois países para prepararem (ou assinarem?) nada mais, nada menos do que 20 acordos!      Esta é uma possível boa notícia.      Na cimeira serão tratados assuntos relativos, entre outros, a Defesa, Justiça, Saúde, Segurança, Ciência e Cultura. Ciente das suas responsabilidades, o Governo português terá recolhido opiniões alargadas e fundamentadas sobre cada uma das áreas, no sentido de melhor servir os interesses do povo que representa.      Destaco duas áreas de vital importância: Defesa e Cultura.      No âmbito da primeira, a Defesa, oxalá não nos fiquemos pela "ambição" da compra de equipamentos. Os interesses m...
UM "BURACO" FINANCEIRO? Ontem, 26 de Abril, foi noite de Assembleia Municipal. Sessão Ordinária, com dois pontos em destaque: 1) Carta Educativa da Póvoa de Varzim. 2) Relatório de Gestão e Contas de 2006. - A Carta Educativa é um documento que cumpre o Dec.Lei 7/2003, de 15 de Janeiro, e servirá para planear a rede de ofertas de educação e formação, possibilitando no futuro o exercício de uma cidadania plena e consciente. Interessa a todos nós. Sabe, porventura, o que ela contém? Participou na sua discussão pública? - O Relatório de Gestão e Contas seguiu o guião do costume: o PSD diz que 2006 foi um exercício excelente, com óptimos resultados; a Oposição demonstra que não é exactamente assim. O PS e a CDU apresentaram números (que constam no Relatório). Mas fala "verdade" quem tem a maioria... Será isto que os poveiros merecem? O PS encontrou uma discrepância de 2 milhões de euros e, naturalmente, pediu explicações. Um deputado municipal ...