Dia do Ambiente
Por ser o Dia do Ambiente, recordamos aqui as duas principais matanças de choupos e plátanos que ocorreram na nossa cidade. A primeira, há alguns anos já, aconteceu numa operação surpresa na Praça João XXIII, com os protestos dos pássaros que ali tinham o seu habitat, e de quase todos os moradores que por vários meios expressaram na altura a sua revolta.
A justificação esfarrapada dada pelo comandante da operação de abate foi a de que as raízes das árvores entravam pelas garagens e canalizações dos prédios, mas crê-se que foi para acalmar os ânimos e o susto de um compincha que um dia sentiu as raízes a treparem pela sua sanita. Coisas do diabo!
A segunda matança, esta de perigosos plátanos, sucedeu há poucas semanas na Praça Luís de Camões. Neste caso, as queixas foram de duas espécies: as alergias que o algodão das árvores provocava nos alunos da Escola Secundária Rocha Peixoto, e de um morador que, com tão frondosas copas, não conseguia enxergar a vizinha do lado oposto, sempre que ela à noite se desnudava.
Por ser o Dia do Ambiente, recordamos aqui as duas principais matanças de choupos e plátanos que ocorreram na nossa cidade. A primeira, há alguns anos já, aconteceu numa operação surpresa na Praça João XXIII, com os protestos dos pássaros que ali tinham o seu habitat, e de quase todos os moradores que por vários meios expressaram na altura a sua revolta.
A justificação esfarrapada dada pelo comandante da operação de abate foi a de que as raízes das árvores entravam pelas garagens e canalizações dos prédios, mas crê-se que foi para acalmar os ânimos e o susto de um compincha que um dia sentiu as raízes a treparem pela sua sanita. Coisas do diabo!
A segunda matança, esta de perigosos plátanos, sucedeu há poucas semanas na Praça Luís de Camões. Neste caso, as queixas foram de duas espécies: as alergias que o algodão das árvores provocava nos alunos da Escola Secundária Rocha Peixoto, e de um morador que, com tão frondosas copas, não conseguia enxergar a vizinha do lado oposto, sempre que ela à noite se desnudava.
Disse o vereador ambientalista do nosso município que esta última operação visou satisfazer as muitas queixas de alunos daquela escola, pelas alergias que as árvores lhes causavam. Não explicou o engenheiro-civil vereador quantas das queixas de alergias foram confirmadas por médicos alergologistas. Mais fácil que certificar-se da veracidade das queixas e das causas das alergias foi abaterem-se as árvores, mas ficaram algumas para protegerem dos ares marítimos as que entretanto forem plantadas, mais conformes com a noção de árvore citadina (e essas que ficaram não causam alergias?).
«O plátano pode causar uma doença alérgica, mas é pouco provável», afirma o director do serviço de Imuno-Alergologia do Hospital de Santa Maria. E acrescenta ainda o clínico: «é preciso ter atenção, provar que as alergias são provocadas pelos plátanos; não se vá abatê-los sem ter essa certeza».
Comentários
A Póvoa está cada vez menos verde e mais cinzentona...
e com as obras na avenida mouzinho lá vai á vida um importante pulmão na cidade...MV não sendo benfiquista tem horror ao verde...
abuso é assinar como anónima...
Agradeço as suas chamadas de atenção para o erro que cometi: chamar plátanos aos choupos; confesso que não me certifiquei sobre o género de árvore(já tinham sido abatidas), mas como me baseei na notícia de um jornal, que assim apelidava aquelas espécies, tomei-a como acertada; e como então ninguém reagiu...
Como é claro, não me referi aos técnicos nem pus em causa as suas competências (basta voltar a ler o texto); tratando-se de uma decisão política, servi-me do parecer do médico alergologista que recomendava aquilo que todos nós julgamos saber: pensar bem antes duma decisão, que pode ser irreversível.
Quanto aos qualificativos que generosamente me atribui, esteja à vontade: não me encaixam.
E para terminar, permita-me uma pequena nota: não basta saber ler, é essencial saber interpretar o texto, e mais difícil ainda é atingir o que o autor pretende significar. Mas isso, como deve imaginar, não está ao alcance de qualquer um.
Com os melhores cumprimentos,
M.Figueiredo