O LIXOMÓVEL
Agora mesmo, acaba de passar-me à porta mais uma unidade móvel do sistema poveiro de saneamento básico, do tipo «MV» (especialmente dedicado às freguesias rurais do concelho, que é onde residem os poveiros de segunda e terceira categorias), formado por um camião-cisterna que transporta o recheio de fossas sépticas.
Hoje já passaram três, todos para um campo grande nas proximidades; durante dois, três ou quatro dias (é variável) teremos que conviver com um cheiro nauseabundo, que não se aguenta. Até os cães ladram, em sinal de protesto, porque o fedor lhes fere o faro. Mas as pessoas calam-se!
O munícipe que requisita o serviço paga-o e paga caro, à Câmara; e paga ainda a taxa de salubridade e a taxa de saneamento. A nós, que somos presenteados com o «aroma» que não pedimos, e que rejeitamos, exigem-nos uma taxa de salubridade durante todo o ano; talvez um prémio por termos que suportar o mau cheiro intenso da vacaria do vizinho.
PARLAMENTO EUROPEU E LÍNGUA PORTUGUESA Sirvo-me de um artigo escrito por Anselmo Borges (padre e filósofo) no "Diário de Notícias" (14.04.2012), no qual me inspiro para destacar dois pontos: - Vasco da Graça Moura, então director do Centro Cultural de Belém, suspendeu a aplicação do Acordo Ortográfico. Poucos tiveram a lucidez e a coragem de tomar idêntica decisão. - O actual MNE, e então eurodeputado Paulo Rangel, escreveu: "o gesto no CCB é o início de um movimento, cada dia mais forte, de boicote cívico a uma mudança ortográfica arrogante e inútil " (sublinhado meu). Está a decorrer em Lisboa a Feira do Livro, que será aproveitada como montra de vaidades e discursos vazios, enquadrados na campanha eleitoral para as próximas eleições para o Parlamento Europeu. Em tantos discursos de "fervor patriótico"...
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