JORNALISMO E DEMOCRACIA
No artigo de opinião saído hoje no "Público" (26.06.2007), da autoria do jornalista José Vítor Malheiros, a que deu o título "O Político e o Cidadão", pode ler-se no seu começo: "Os cidadãos têm o direito de inquirir sobre os actos do primeiro-ministro. E têm o direito de sondar o seu carácter - em tudo o que seja a tradução pública desse carácter. E os "media" têm a obrigação deontológica, passe o pleonasmo, de o fazer, por muito que isso custe aos visados e aos próprios "media".
O artigo é exemplar por duas razões principais: analisa o comportamento dos assessores do primeiro-ministro quanto à recusa em darem informações ( em causa estava o processo movido contra o autor do blog Do Portugal Profundo), e a confusão gerada pela junção e disjunção (conforme as conveniências) das duas figuras reunidas na mesma pessoa (o político e o cidadão).
Um quadro semelhante já tem sido referenciado entre nós, e não seria mau de todo que se reflectisse um pouco sobre cada caso conhecido: as suas causas, os seus percursos e os seus efeitos. E particularmente quando envolve pessoas autoritárias e que não suportam críticas.
Uma outra lição retiro-a do referido artigo: a frontalidade do jornalista Vitor Malheiros em apresentar sem receio e com clareza uma opinião que mexe com o poder.
Com atitudes deste cariz os jornalistas (e os jornais) ganham credibilidade e a Democracia sai reforçada.
No artigo de opinião saído hoje no "Público" (26.06.2007), da autoria do jornalista José Vítor Malheiros, a que deu o título "O Político e o Cidadão", pode ler-se no seu começo: "Os cidadãos têm o direito de inquirir sobre os actos do primeiro-ministro. E têm o direito de sondar o seu carácter - em tudo o que seja a tradução pública desse carácter. E os "media" têm a obrigação deontológica, passe o pleonasmo, de o fazer, por muito que isso custe aos visados e aos próprios "media".
O artigo é exemplar por duas razões principais: analisa o comportamento dos assessores do primeiro-ministro quanto à recusa em darem informações ( em causa estava o processo movido contra o autor do blog Do Portugal Profundo), e a confusão gerada pela junção e disjunção (conforme as conveniências) das duas figuras reunidas na mesma pessoa (o político e o cidadão).
Um quadro semelhante já tem sido referenciado entre nós, e não seria mau de todo que se reflectisse um pouco sobre cada caso conhecido: as suas causas, os seus percursos e os seus efeitos. E particularmente quando envolve pessoas autoritárias e que não suportam críticas.
Uma outra lição retiro-a do referido artigo: a frontalidade do jornalista Vitor Malheiros em apresentar sem receio e com clareza uma opinião que mexe com o poder.
Com atitudes deste cariz os jornalistas (e os jornais) ganham credibilidade e a Democracia sai reforçada.
Comentários
Nando pelo menos é policromático !!!
Qualquer adjectivo, usado por ironia, com bonomia até, é considerado um insulto, um enxovalho pelos tais "intocáveis".
Se forem esses"senhores" a usarem linguagem desbragada, nada lhes acontece, ninguém lhes toca. Os tribunais têm dois pesos e duas medidas.
Não sei se é verdade o que disse o Dr José Luís Saldanha Sanches, (que há magistrados 'capturados' pelo poder local , "ipsis verbis"...), mas, ao vermos certa dualidade de critérios, achamos que algo vai mal.
Veja-se a linguagem de Jardim. Alguém lhe toca?
Qualquer cidadão comum pode ser insultado, enxovalhado pelos poderosos que nem vale a pena ir a tribunal, já sabe que a queixa vai ser arquivada, ou então as investigações caem em saco roto...