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PALAVRA DO ANO

 

                                                      PALAVRA  DO  ANO


Nesta passagem do calendário é costume das grandes revistas e jornais de referência convidarem os seus leitores a escolherem ou votarem nas personalidades ou instituições mais marcantes do ano.

A revista TIME escolheu hoje o Presidente da Ucrânia como Personalidade do Ano, e as Mulheres do Irão na categoria dos Heróis do Ano.

Revejo-me nestas escolhas.


Entre nós, e a partir de um grande jornal diário, a Porto Editora convidou os seus leitores a votarem na Palavra do Ano. E para facilitarem a escolha indicaram as seguintes palavras, que foram mais presentes neste nosso pequeno mundo:

 abusos, ciberataques, energia, guerra, inflação, juros, nuclear, rainha, seca, urgências.

Todas estas palavras, em maior ou menor grau, tiveram impacto nas nossas vidas. Mas uma vez eleita a palavra, o que farão dela? 

Nada! Tomou-se conhecimento e vai passar-se o tempo a questionar a escolha, a escreverem-se crónicas sobre a escolha da palavra (não sobre as suas causas, consequências e soluções), a culpabilizarem-se os mais notados responsáveis pelo aparecimento da palavra escolhida. E pouco mais sucederá!


Quase todas as palavras sujeitas a votação tiveram relevância, sem dúvida, mas nenhum interesse terá a eleita se não se aprofundar tudo o que gira à volta da "rainha" das palavras de 2022. Haverá motivo para reflexão porque (quase) todas se entroncam em pontos comuns, tristemente comuns. E será daí que virá, creio, a importância da tal palavra que os portugueses elegeram.

Discuta-se, então, a palavra!

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