Avançar para o conteúdo principal

PALAVRA DO ANO

 

                                                      PALAVRA  DO  ANO


Nesta passagem do calendário é costume das grandes revistas e jornais de referência convidarem os seus leitores a escolherem ou votarem nas personalidades ou instituições mais marcantes do ano.

A revista TIME escolheu hoje o Presidente da Ucrânia como Personalidade do Ano, e as Mulheres do Irão na categoria dos Heróis do Ano.

Revejo-me nestas escolhas.


Entre nós, e a partir de um grande jornal diário, a Porto Editora convidou os seus leitores a votarem na Palavra do Ano. E para facilitarem a escolha indicaram as seguintes palavras, que foram mais presentes neste nosso pequeno mundo:

 abusos, ciberataques, energia, guerra, inflação, juros, nuclear, rainha, seca, urgências.

Todas estas palavras, em maior ou menor grau, tiveram impacto nas nossas vidas. Mas uma vez eleita a palavra, o que farão dela? 

Nada! Tomou-se conhecimento e vai passar-se o tempo a questionar a escolha, a escreverem-se crónicas sobre a escolha da palavra (não sobre as suas causas, consequências e soluções), a culpabilizarem-se os mais notados responsáveis pelo aparecimento da palavra escolhida. E pouco mais sucederá!


Quase todas as palavras sujeitas a votação tiveram relevância, sem dúvida, mas nenhum interesse terá a eleita se não se aprofundar tudo o que gira à volta da "rainha" das palavras de 2022. Haverá motivo para reflexão porque (quase) todas se entroncam em pontos comuns, tristemente comuns. E será daí que virá, creio, a importância da tal palavra que os portugueses elegeram.

Discuta-se, então, a palavra!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

                                                    PORTUGAL E BRASIL      A próxima cimeira luso-brasileira, a 19 deste mês, vai juntar os mais altos governantes dos dois países para prepararem (ou assinarem?) nada mais, nada menos do que 20 acordos!      Esta é uma possível boa notícia.      Na cimeira serão tratados assuntos relativos, entre outros, a Defesa, Justiça, Saúde, Segurança, Ciência e Cultura. Ciente das suas responsabilidades, o Governo português terá recolhido opiniões alargadas e fundamentadas sobre cada uma das áreas, no sentido de melhor servir os interesses do povo que representa.      Destaco duas áreas de vital importância: Defesa e Cultura.      No âmbito da primeira, a Defesa, oxalá não nos fiquemos pela "ambição" da compra de equipamentos. Os interesses m...
                            PARLAMENTO EUROPEU E LÍNGUA PORTUGUESA       Sirvo-me de um artigo escrito por Anselmo Borges (padre e filósofo) no "Diário de Notícias" (14.04.2012), no qual me inspiro para destacar dois pontos:      - Vasco da Graça Moura, então director do Centro Cultural de Belém, suspendeu a aplicação do Acordo Ortográfico. Poucos tiveram a lucidez e a coragem de tomar idêntica decisão.      - O actual MNE, e então eurodeputado Paulo Rangel, escreveu: "o gesto no CCB é o início de um movimento, cada dia mais forte, de boicote  cívico a uma mudança ortográfica arrogante e inútil " (sublinhado meu).      Está a decorrer em Lisboa a Feira do Livro, que será aproveitada como montra de vaidades e discursos vazios, enquadrados na campanha eleitoral para as próximas eleições para o Parlamento Europeu. Em tantos discursos de "fervor patriótico"...
UM "BURACO" FINANCEIRO? Ontem, 26 de Abril, foi noite de Assembleia Municipal. Sessão Ordinária, com dois pontos em destaque: 1) Carta Educativa da Póvoa de Varzim. 2) Relatório de Gestão e Contas de 2006. - A Carta Educativa é um documento que cumpre o Dec.Lei 7/2003, de 15 de Janeiro, e servirá para planear a rede de ofertas de educação e formação, possibilitando no futuro o exercício de uma cidadania plena e consciente. Interessa a todos nós. Sabe, porventura, o que ela contém? Participou na sua discussão pública? - O Relatório de Gestão e Contas seguiu o guião do costume: o PSD diz que 2006 foi um exercício excelente, com óptimos resultados; a Oposição demonstra que não é exactamente assim. O PS e a CDU apresentaram números (que constam no Relatório). Mas fala "verdade" quem tem a maioria... Será isto que os poveiros merecem? O PS encontrou uma discrepância de 2 milhões de euros e, naturalmente, pediu explicações. Um deputado municipal ...