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                                    O  IRMÃO  IRLANDÊS

     Na Irlanda acontecem boas notícias: o Primeiro-Ministro anunciou que o seu país poderá libertar-se das garras da Troika a meados do próximo mês de Dezembro. Será a primeira das "vítimas" a consegui-lo, na zona do Euro!
Não se lhe ouviu, ao PM irlandês, nenhuma crítica  - era o que faltava! - ao Tribunal Constitucional...

     Depois de quatro anos de austeridade, a economia irlandesa, embora ainda frágil, dá fortes sinais de recuperação. Para isso, alguns factores que contam: o crescimento do PIB, o aumento dos salários, a diminuição do desemprego (de 15% para 13%), e o crescimento da indústria (4,2%).

     Seria interessante comparar-se o percurso de vida dos irlandeses com o dos portugueses durante a vigência do programa troikiano: as medidas tomadas, os resultados conseguidos, as lutas (quase inglórias) travadas, o empenho da oposição (partidos políticos), dos sindicatos e das instituições. Sem esquecer as inundações de desavergonhada intrujice, em que somos mestres.

     Não terão os irlandeses orgulho no seu país? Claro que sim, e demonstram-no sempre, desde o governante ao cidadão comum.

     E o nosso tradicional orgulho lusitano, por onde anda? Vai seguindo, por aí, silenciado...

     Passageiros do mesmo barco político, forçam-nos a não ter os irlandeses como irmãos. Por culpa nossa - exclusivamente nossa!

Comentários

Mas poderá haver alguma comparação possível entre os governantes irlandeses e os portugueses?

Os governantes portugueses (a grande maioria, porque existem excepções) não se candidataram para servir Portugal, mas tão-só para servir interesses privados e de lobbies obscuros e os seus próprios bolsos.

O resto... que se LIXE!
Tem toda a razão: não há comparação possível; e por serem tão maus é que evitam (e distorcem) as discussões, que só nos ajudariam a resolver os nossos problemas.

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