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A REVISÃO NECESSÁRIA

De tempos a tempos aparecem uns indivíduos com ataques repentinos de "portuguesismo" exaltado, nunca antes conhecidos, descobrindo, por inspiração interesseira, que os males que atormentam o país e ferem a Pátria residem na Constituição da República Portuguesa (CRP).
E, como solução para tudo o que é mau, ou está mal, propõem a "urgente e indispensável" revisão constitucional, dela resultando piores males para quem mal está.
Sou contra!

A CRP contém os princípios fundamentais para o exercício da Democracia. As leis, decretadas no Parlamento, não se afastarão nunca das suas linhas mestras. E, por isso, as eventuais revisões serão esporádicas.

Basta ter presentes os dois primeiros artigos dos Princípios Fundamentais da CRP:

- Art. 1º: Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

- Art. 2º: A República Portuguesa é um Estado de Direito Democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.

Não se inventem desculpas!
Cumpra-se, com o máximo rigor, a Constituição da República!

Os políticos - todos - deveriam ver, na vigente CRP, artigo por artigo, parágrafo por parágrafo, quais os DEVERES que deixaram de cumprir, deliberadamente, por desleixo, incompetência ou por interesses próprios. Essa é a "revisão" necessária.
Saibam exigir responsalidades.
Façam com que se cumpra a Constituição.

Comentários

José Leite disse…
Revisão constitucional?
Panaceia universal...
Banha de cobra de míopes políticos...
Luta anticorrupção, essa continua na gaveta!
Pobre país de patetices engravatadas...

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