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ESCLARECIDOS E ENGANADOS

1. Já se previa: com tão poucas questões sobre o Plano de Pormenor da Zona E54 levantadas pelos presentes no Auditório Municipal - casa cheia não é sinónimo de grande representação da população - a conclusão haveria de ser "como se vê, não há nada a alterar"; assim dissera o gestor-mor da cidade.
Mais uma vez a "bola" ficou do lado da população poveira!

Esta sessão começou por um equívoco, já anunciado: os pormenores técnicos do Plano de Pormenor só deveriam ser discutidos depois de se conhecer o plano geral e o seu enquadramento na estratégia de desenvolvimento urbanístico da cidade. Contra esse equívoco, muito poucas vozes se fizeram ouvir.
Com esta forma unilateral de procedimento, a Câmara Municipal cometeu um crime de lesa-democracia. Confirmou-se, aliás, o que já há muito se sabe!

2. O debate público organizado pelo Partido Socialista, na Biblioteca Municipal - um acto de cidadania - foi esclarecedor. Nenhum outro partido político fez semelhante coisa, em prejuízo dos poveiros e em benefício do executivo camarário.

3. O artigo de opinião da autoria do cidadão J.J.Silva Garcia, Arquitecto, publicado no "Comércio da Póvoa", no mesmo dia da apresentação camarária, é esclarecedor sob os pontos de vista urbanístico e político. Não deixa margem para quaisquer dúvidas!

4. O Arq.Portugal (do Gabinete vencedor do concurso) começou a sua intervenção justamente pela referência e contestação às questões produzidas na sessão referida no ponto 2. e no artigo referido no ponto 3.
Denotou, com isso, mau perder. Os seus argumentos, ou a falta deles, viriam a ser confirmados no decorrer da sessão.

5. Como há sempre quem não apareça, ou chegue tarde, recomendo a leitura da reportagem de Ana Trocado Marques (JN) e do artigo do Arq. Silva Garcia, no "Comércio".

Depois disso, poderão concluir como eu: os poveiros foram mais uma vez enganados!

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