REVOLTA SEM VIOLÊNCIA Contra as voltas desregradas que o nosso pequeno mundo dá, só as revoltas podem reorientar os movimentos ajustados que reponham o equilíbrio dos sistemas. Revoltas alimentadas pela indignação dos que são seres livres, com direito ao respeito pela sua própria dignidade. Não se indignar significa desvalorizar-se como ser humano, colocar-se à margem da sociedade de que se faz parte e à qual há por obrigação fazer total entrega no sentido de a melhorar. Indignar-se é lutar contra as virtudes atraiçoadas que ofendem o indivíduo, que degradam a família, que enfraquecem a sociedade e destroiem o Estado. A indignação pode ser apenas um alerta do desespero que nos consome ou o espelho de um estado de alma que nos enluta. É urgente que o indignado quebre silêncios e se manifeste. Que grite. Que seja exigente. Que não suporte injustiças. Que se revolte, sem violência. A arma da nossa revolta sem violência é um livro: a Constituição da República Portuguesa. O Livro do Povo! L...