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CEGOS, SURDOS E MORTOS

Há já muitos anos que se começou a pagar a "licença do rádio", na linguagem popular, que se referia à taxa de radiofusão sonora: pagava uma taxa quem tivesse um rádio. Nem que fosse a pilhas! A "contribuição" era para a Emissora Nacional, do Estado.

Generalizou-se depois, para que não escapasse ninguém, mesmo os que só possuíam um "transistor": a taxa passou a ser indexada à factura da luz eléctrica! Reclamaram então os surdos, porque embora tendo luz eléctrica e tendo luz (viam), não podiam ouvir música nem a propaganda política.

Tolerância zero para isenções!

Quando surgiu a televisão (durante muitos anos a preto e branco), também do Estado, passou a RTP a receber a sua taxa. Era a "taxa da televisão".
Simplificando: para ver e ouvir o que nos era oferecido (serviço público), nasceu a "Taxa do Audiovisual"

Novamente, tolerância zero para isenções!

Não se livrou dos abutres das taxas a Junta de Freguesia de Vila Franca da Beira, que desde há alguns meses passou a pagar a taxa do audiovisual correspondente à energia eléctrica consumida no cemitério local.
Tolerância zero, até nos cemitérios!

Comentários

José Leite disse…
Há ali uma grande concentratação de «utentes»!!!
Zelo, a quanto obrigas!

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