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                            PARLAMENTO EUROPEU E LÍNGUA PORTUGUESA       Sirvo-me de um artigo escrito por Anselmo Borges (padre e filósofo) no "Diário de Notícias" (14.04.2012), no qual me inspiro para destacar dois pontos:      - Vasco da Graça Moura, então director do Centro Cultural de Belém, suspendeu a aplicação do Acordo Ortográfico. Poucos tiveram a lucidez e a coragem de tomar idêntica decisão.      - O actual MNE, e então eurodeputado Paulo Rangel, escreveu: "o gesto no CCB é o início de um movimento, cada dia mais forte, de boicote  cívico a uma mudança ortográfica arrogante e inútil " (sublinhado meu).      Está a decorrer em Lisboa a Feira do Livro, que será aproveitada como montra de vaidades e discursos vazios, enquadrados na campanha eleitoral para as próximas eleições para o Parlamento Europeu. Em tantos discursos de "fervor patriótico" e tantas manifestações de "orgulho português", poderemos esperar que os candidatos ao PE (ao
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                                                ESTA É A MINHA PÁTRIA      A edição deste mês da Revista da Armada é dedicada ao 25 de Abril, que este ano comemora os seus 50 anos.      A Revista contém testemunhos de quatro camaradas meus, contemporâneos da Escola Naval, relembrando acções daquela feliz madrugada e dos dias então renascidos.      Agora, mais livres do que sempre foram (que sempre fomos), porque estão Reformados, assinam os seus textos com a anotação "o autor não adopta o novo acordo ortográfico".      E este é o ponto que me leva às considerações que aqui deixo.      As mesmíssimas pessoas, se estivessem ainda integrados num organismo oficial, teriam os seus textos mal escritos, por obediência a uma determinação governamental, ilegal e inconstitucional (está comprovado), como é o (des) Acordo Ortográfico acunhado de AO90.      Só por uma imposição, repito, imprópria de um Estado Democrático e de Direito, e não pelo desenvolvimento natural da Língua sustenta

25 MIL

                                                                                                                                                                                                   25 MIL     Como o próprio nome indica, o IUC (i - u - cê) é o imposto que faz com que tudo o que circula é obrigado a pagar: automóveis e motas, camiões e camionetas. Novos ou velhos, todos sujeitos a uma inspecção anual para se melhorar a segurança das pessoas e o ambiente: travões, luzes, pneus, emissões de gases - e tudo se paga!      A segurança está primeiro! Ora:     Se os carros não satisfizerem os parâmetros de segurança na inspecção periódica anual, não podem circular.      Se por se circular se paga o IUC, quem não puder comprovadamente circular não tem que o pagar.      Se, ainda na mesma área, os centros de inspecção autorizados detectarem níveis de emissões poluentes para além dos limites estabelecidos, os carros não podem circular.      Cristalidade clara!      Acontece que, por

DIA DA MARINHA

                                                                       DIA DA MARINHA     No âmbito das Comemorações do Dia da Marinha, que este ano decorrem na cidade do Porto, está o NRP "Sagres" no rio Douro, atracado na Ribeira.   A "Sagres", sempre engalanada, irá receber a visita de multidões: uns, por curiosidade; outros, para melhor se irmanarem com a nossa Marinha, nascida há mais de 700 anos; e muitos outros - não tenho dúvidas - para demonstrarem gratidão por tantos feitos passados, e pelos quais devemos sentir orgulho.      O navio atracou ao cais no porto de Honolulu (Hawai), onde era aguardado por uma multidão de gente, na quase totalidade luso-americanos: avós, filhos e netos, descendentes de portugueses que em tempos emigraram.      Logo que o navio ficou aberto a visitas, todos queriam ser os primeiros a entrar a bordo, tal era a ansiedade. Com muito gosto e alegria foram recebidos!      Recordo um nosso compatriota, de avançada idade, subir o porta

MORTE DE UMA PÁTRIA

                                                 MORTE DE UMA PÁTRIA        "No final da Idade Média havia já uma língua ucraniana distinta, com raízes eslavas", refere a historiadora neerlandesa Anne Applebaum em "Fome Vermelha - a guerra de Estaline contra a Ucrânia". E revela-nos também que há cerca de um século, a Ucrânia teria ganho a sua independência: "A partir deste dia, 9 de Janeiro de 1918, a República Popular da Ucrânia torna-se independente, não estando sujeita a ninguém, um Estado Soberano Livre do Povo Ucraniano".      A Ucrânia, o grande produtor de cereais, foi sempre o centro de disputas territoriais por parte da extinta União Soviética, e depois continuado pelo poder russo - a repetição da história! Fazia, e faz, parte dos planos o ataque à destruição da identidade nacional ucraniana.      Esse ataque final - destruição da identidade nacional ucraniana - ocorreu em 1932-33, e traduziu-se na morte pela fome de milhões de ucranianos.      N

PALAVRA DO ANO

                                                        PALAVRA  DO  ANO Nesta passagem do calendário é costume das grandes revistas e jornais de referência convidarem os seus leitores a escolherem ou votarem nas personalidades ou instituições mais marcantes do ano. A revista TIME escolheu hoje o Presidente da Ucrânia como Personalidade do Ano, e as Mulheres do Irão na categoria dos Heróis do Ano. Revejo-me nestas escolhas. Entre nós, e a partir de um grande jornal diário, a Porto Editora convidou os seus leitores a votarem na Palavra do Ano. E para facilitarem a escolha indicaram as seguintes palavras, que foram mais presentes neste nosso pequeno mundo:  abusos, ciberataques, energia, guerra, inflação, juros, nuclear, rainha, seca, urgências. Todas estas palavras, em maior ou menor grau, tiveram impacto nas nossas vidas. Mas uma vez eleita a palavra, o que farão dela?  Nada! Tomou-se conhecimento e vai passar-se o tempo a questionar a escolha, a escreverem-se crónicas sobre a escolha

HÁ 62 ANOS

                                                                HÁ 62 ANOS   Na manhã clara de 18 de Março de 1960 saímos a barra do Tejo, dando início ao nosso primeiro embarque, sendo cadetes do 2º ano da Escola Naval: a viagem de instrução - uma volta ao mundo!   Para além das matérias que o programa de curso continha, a viagem iniciada no NRP "Afonso de Albuquerque" e terminada no NRP "Bartolomeu Dias", revestia-se de forte componente histórica e cultural, num ano marcado pelas Comemorações Henriquinas.   Conhecer continentes onde chegaram os nossos antepassados, contemplar as edificações que os portugueses construíram, conhecer as comunidades portuguesas e as suas raízes - viver a História!   E assim fomos navegando, ligando traçados doutras navegações antigas.   Lisboa - Ponta Delgada - Porto Rico - Balboa (Panamá) - Canal do Panamá - San Diego - S.Francisco - Hawai - Japão - Hong-Kong - Macau - Singapura - Índia (Goa, Damão, Diu) - Aden - Canal do Suez - Por