A ÓPERA FOI À TOURADA (Nota: este texto, escrito em 14Jun96, foi publicado no "Comércio da Póvoa", em 18.07.1996) Segui, ansioso, e tanto quanto me foi possível, a azáfama dos operários em redor da decrépita Praça de Touros. Com paciência e carinho eliminaram eles os amontoados de terra, cavaram o terreno para prepararem plataformas amplas, lisas e bem desenhadas, aptas para o escoamento rápido das chuvas nos tempos invernosos. Lentamente e com arte burilaram as pedras grandes de granito a formarem uma ala larga, provavelmente para a entrada das pessoas em massa. Por último, vi nascer a relva verde a alindar o local e as árvores a crescerem, prometedoras de sombras. Finalmente! Dera-se início, começando pelo arranjo exterior, à tão desejada transformação da Praça. Isto pensei eu, mas talvez me tenha enganado. E como confesso des...