NO SUPERMERCADO, O POVO ! À minha frente, na caixa do supermercado, a mulher asseada, com ar de desânimo e de raiva contida, colocou no tapete rolante o que tinha posto no grande cesto das compras: um quase nada! Para além duma embalagem de pão, duas de esparguete e uma de arroz, um pacote de leite (em "promoção"), três latas de salsichas (das mais baratas) e uma embalagem pequena de iogurtes de marca branca, a filha, dos seus dez ou onze anos, com ar asseado, trazia ao colo uma garrafa de água pequena, que não largava, como se fosse um tesouro. Na hora de pagar, a mulher abriu o porta-moedas e quase não encontrou dinheiro; despejou tudo o que lá tinha e foi contando: não chegava para pagar tão pouca coisa! Devolveu uma lata de salsichas, que foi insuficiente para saldar o total; devolveu a segunda, que também ficou aquém; a terceira , e última lata, foi para trás. O operador de caixa deu uma ajuda, contando as moedas, que ainda pecavam por defeito: os iogurtes ficaram na loj...