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... E Barcelos aqui tão perto!

1. Foi em 2002 que tomei conhecimento que a ETAR municipal de Barcelos, e todo o sistema de condução de efluentes domésticos e industriais, estava a funcionar desde 1999 (há 7 anos, portanto). Dimensionada para tratar, até 2010, os efluentes domésticos de 42 mil habitantes, e de 48 mil em 2020, a ETAR aumentará a capacidade de tratar efluentes de origem têxtil(tinturarias) e outros.
Para já (em 2002), além de 13 tinturarias, a ETAR irá receber os efluentes domésticos de 15 das 89 freguesias do concelho.
A Póvoa tem apenas 12 freguesias!
2. Esposende, um nosso vizinho do litoral, tem um sistema de tratamento de esgotos, pagos, em parte, com verbas semelhantes às quais a Póvoa tem acesso mais facilitado.
Mas a Póvoa não tem nenhuma ETAR!
3. Porque não se seguem, afinal, os bons exemplos dos vizinhos, e só se servem dos maus exemplos como desculpa para a incompetência?
4. As verbas da concessão da zona de jogo não devem ser atribuídas a quem não disponha - ou apresente os projectos - de um sistema de saneamento básico e tratamento de esgotos. Compreende-se: sem eles não poderá haver Turismo nem Qualidade de Vida.
E porque subsiste este estado de coisas na Póvoa?
5. Quanto custa uma ETAR? Depende essencialmente da dimensão, do tipo de efluentes e do grau de tratamento. Fica muito mais barato que aquilo que é gasto com obras dispendiosas, não prioritárias, e que não contribuem para a qualidade de vida dos poveiros.

Estou aborrecido e zangado. Tão zangado como estava Noé, quando se dirigiu à guarnição zoológica da sua Arca e gritou: «Cambada de animais!».

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DIA DA MARINHA

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25 MIL

                                                                                                                                                                                                   25 MIL     Como o próprio nome indica, o IUC (i - u - cê) é o imposto que faz com que tudo o que circula é obrigado a pagar: automóveis e motas, camiões e camionetas. Novos ou velhos, todos sujeitos a uma inspecção anual para se melhorar a segurança das pessoas e o ambiente: travões, luzes, pneus, emissões de gases - e tudo se paga!      A segurança está primeiro! Ora:     Se os carros não satisfizerem os parâmetros de segurança na inspecção periódica anual, não podem circular.      Se por se circular se paga o IUC, quem não puder comprovadamente circular não tem que o pagar.      Se, ainda na mesma área, os centros de inspecção autorizados detectarem níveis de emissões poluentes para além dos limites estabelecidos, os carros não podem circular.      Cristalidade clara!      Acontece que, por