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Showing posts from 2006
UMA FOTOGRAFIA DA CÂMARA Foi editada por Alberto Ferreira (P.da Batalha-Porto) e tem como número de registo 195/3, a magnífica fotografia dos nossos Paços do Concelho, que nos atira para a memória dos tempos. Não consegui determinar a data, o que pouco importa, por agora. O que mais interessa é o retrato que podemos imaginar da nossa Terra nessas décadas passadas, quando a população era relativamente pequena, os criminosos poucos e os gatunos um bocado mais. Nada que se compare aos dias de hoje! A legenda da fotografia parece agora querer chamar-nos à realidade dos tempos que correm, lembrando-nos algumas das valências da nossa "Casa Grande", e que diz: "Póvoa de Varzim - Casa da Câmara e Cadeia".
OS BURROS TÊM PENAS? Leio no "Póvoa Semanário" (on-line) e pasmo ao saber que na reunião camarária de ontem, 18 de Dezembro, presidida por Aires Pereira (o presidente voltou a faltar), foram rejeitadas as propostas dos vereadores socialistas no sentido de se fazerem ligações subterrâneas no parque de estacionamento da Avenida Mouzinho: uma com saída junto ao Garrett e outra junto ao Mercado. Estacionando os carros no parque, as pessoas não teriam que vir e andar à superfície (à chuva e ao vento). Seria melhorar a qualidade de vida. Assim se faz noutras cidades geridas por pessoas que sabem pensar e colher ideias. A justificação apresentada para a rejeição não tem pés nem cabeça. Se a "científica" concepção do parque não se lembrou da ideia, podiam ao menos aproveitá-la agora, dada de " mão beijada". A demagogia, o orgulho saloio e a falta de senso sobrepuseram-se aos interesses da cidade!
REFLEXÃO E ACÇÃO É tempo de alguém fazer uma pausa na torrente do pensamento irreflectido e na acção desviada do objectivo dignificador. É tempo de se reflectir sobre erros cometidos por força da ambição, quando se julgam poderosos. É tempo de pensar que a Humildade é uma Virtude e que a Verdade enobrece o Homem. É também tempo de agir no sentido de acabar com a arrogância , com a mentira, com a hipocrisia e com a injustiça. É esse o dever do Homem que tem uma missão cívica a cumprir. É tempo de agir! (P.S.- o texto anterior, "A Cidade Derrubada", foi muito bem interpretado por "rouxinol de bernardim", o que muito me agradou, porque foi justamente essa a intenção que me levou a recorrer a Joaquim Pessoa. A poesia mostrou a sua força interventiva !).
A CIDADE DERRUBADA Aqui é uma cidade. As árvores rastejam. Um punho ferido desce das janelas. O céu é um pulmão de cinza e ar morto. Gritam aves, gritam o silêncio enlouquecido no ventre das mulheres. O amor é um mito nos corpos secos. Apodrece o sol. Aqui é uma cidade. Onde? Que ruas se estendem para o medo? Quem atira o sangue contra as portas? O ódio tatuou os homens. Marcham num cordão de lágrimas. Não olham. Um pelotão de braços tomou conta das fábricas. As pernas arrastam a cegueira. Aqui é uma cidade. Habitam sombras de carne apavorada. Amarrotando a boca. Os olhos empunham a surpresa que a noite clandestina lhes propõe. As mãos estendem-se para as armas, derrubando o muro. O sangue, o grito incrédulo, levanta-se nos dedos. Um povo caminha com a voz. - Poema "A Cidade Derrubada", de Joaquim Pessoa ( in " A Morte Absoluta", livro inédito de 1974).
VELHOS SÃO OS TRAPOS Contou-me um amigo que experimentou há dias a «oferta» ( que generosos que somos!) de um anúncio na TV, que empresta milhares de euros com a maior das facilidades. Basta telefonar e já está, diz o anúncio e disse-me o meu amigo. A«coisa» parece que funcionava, contou-me. O anúncio parecia ser verdadeiro, e de uma catadupa vieram as perguntas sacramentais («estou a falar com o senhor...», morada e pontos de contacto, montante pretendido); e, por fim: data de nascimento? Resposta fatal: o meu amigo acabara de festejar os seus 65 anos e, em vez de parabéns, ouviu da menina: «Por ter mais de 65 anos não podemos satisfazer o seu pedido». A miúda parece que é bruxa, desabafou o meu amigo; afinal, aquilo foi só para experimentar o esquema. «Mas, pensando melhor, fico a saber que sou um velho», disse-me por fim.
A PÓVOA EM DIRECTO Como era ao princípio da noite, a iluminação pública deu um certo ar de magia à longa Avenida Mousinho de Albuqureque, despida de árvores, mostrada numa reportagem da televisão pública, no início desta semana. Gostei de ver ali retratada parte da nossa Póvoa, a propósito da construção do parque de estacionamento subterrâneo e do arranjo da Avenida. Ouviram-se opiniões a favor e opiniões contra, como em tudo na vida acontece ( a gerente da Residencial, disse, escreveu ao senhor presidente da Câmara a expor os seus problemas, e nem resposta recebeu). Entrevistando o presidente da Câmara, em directo, o Dr. Macedo Vieira explicou muito bem, muito bem mesmo, e justificou ainda melhor, o arranjo da Avenida e a construção do parque de estacionamento subterrâneo; e para os mais novos ficou a lição de história daquela parte da cidade: aquela marcante artéria, que vem do início do século passado e foi construída no estilo boulevard , precisa de ser moderniz
MÃE ORGULHOSA E FILHO BURRO Aqui se dá conta da história verídica daquela Mãe extremosa, mulher simples, do povo, que um dia foi à capital assistir ao Juramento de Bandeira do seu filho, que havia sido chamado às sortes, para servir a Pátria. O recruta era tido como bom moço, educado, amigo do seu amigo, respeitador e disciplinado. Porém, os instrutores e os próprios camaradas achavam-no um pouco burro. Em boa verdade, era até bastante burro, benza-o Deus, que nem marchar conseguira aprender! No dia da festa, desfilava garbosa a Companhia, marchando os mancebos ao ritmo dos tambores: esquerdo, direito, esquerdo, direito... Ao passar em frente à tribuna reservada aos familiares e amigos, a Mãe extremosa não conteve uma lágrima de emoção e orgulho, e disse: - «Reparem no meu filho! É o único que vai com o passo certo!» (N.B.- a propósito do pagamento de portagens na «nossa» A28, o semanário «A Voz da Póvoa», de 26.10.2006, apresenta na capa: «Todos contra
O CORNETEIRO Toca a corneta o corneteiro, quando lhe ordenam que toque. Bufa o corneteiro na corneta, que é instrumento de sopro. Sopram-lhe que bufe, e o corneteiro bufa. A música é simples, que o instrumento não dá para muito, e o corneteiro sabe que não tem que saber mais. Toca quando lhe mandam, porque anda a mando o corneteiro. Dispensa o corneteiro partitura, que a música é sempre a mesma. Acrescenta-lhe só, a seu gosto, uma fífia de cada vez que sopra na corneta. Para uma fífia bem tirada, o corneteiro sabe que é preciso saber. Toca o corneteiro, sempre que lhe puxam a arreata; responde-lhe a canzoada, que acorre, aos latidos.
HÁ PESSOAS ASSIM! Há pessoas a quem cabe na perfeição este ditado russo, citado por Anton Tchekov: « Quando se corre com a matilha, pode-se ladrar ou não, mas, pelo menos, deve-se abanar a cauda » .
A PÓVOA E O NOBEL DA PAZ 2006 Retomo o tema do texto anterior («Prémio Nobel da Paz 2006) porque penso que mais ideias se podem trocar sobre esta questão do Microcrédito, quanto a mim uma medida de capital importância nos dias que vão correndo (e em que tanto se fala de globalização...). O essencial está no facto de eu acreditar piamente que o caminho apontado por M.Yunus é UM dos caminhos a seguir para se alcançar a paz, ou antes, para não se incentivar a guerra. Sobre isso não tenho a mínima dúvida. Dos vários Prémios Nobel, o da Literatura e o da Paz devem ser os mais subjectivos, e talvez por isso provavelmente os mais politizados. Todos temos consciência e conhecimento dessa realidade. No presente caso do Nobel da Paz estamos perante uma pequena-grande revolução pacífica que, estou certo, dará os seus frutos. O Microcrédito também chegou a Portugal (nós somos um país pobre, embora haja muitos ricos), ainda com pouco reflexo, mas com
PRÉMIO NOBEL DA PAZ Para surpresa de muitos - bom sinal de mudança - o Prémio Nobel da Paz 2006 foi atribuído ao economista MUHAMMAD YUNUS. Regozijo-me com tão justa distinção. Não fez apelos à Paz no mundo das pessoas que fazem as guerras, e delas tiram proveito. Preferiu vestir os pobres com a dignidade a que têm direito os seres humanos, e oferecer-lhes os fios de esperança para uma réstia de felicidade. Fundador do Banco Grameen, no Bangladesh, criou o programa do Microcrédito que permite desenvolver oportunidades sociais e económicas entre os mais pobres. O economista dos pobres, como é chamado, lançou as sementes que promovem a Paz. Presto a minha homenagem a Muhammad Yunus, com estes versos de Miguel Torga: Foi a mão como um ralo a semear Que me disse que sim, que acreditasse; Que a vida era um poema a germinar, E portanto cantasse! (1) Chamo por ti, de manso,
O POMAR DAS CEREJEIRAS Do escritor russo Anton Tchekov (1860-1904) acabo de ler «O Pomar das Cerejeiras», a peça em 4 Actos que retrata o fim da velha ordem semifeudal russa, simbolizada pela venda de um imenso pomar de cerejeiras, pertença de uma família da aristrocacia, então no fim dos seus dias. Um agricultor que se tornou muito rico, mas que mal sabe ler e escrever, é filho e neto de pobres trabalhadores do campo, que sempre viveram na miséria. Com a sua fartura de dinheiro crê que pode comprar tudo, e com a expressão da arrogância e falta de sentimentos compra o enorme pomar de cerejeiras, o mais bonito do país, para construir no terreno uma urbanização muito rentável; é a sua ambição: ser ainda mais rico! A peça termina com os antigos donos a partirem e ouvindo-se as portas do solar serem fechadas à chave. Reina o silêncio, e apenas se ouve o som triste dos machados a derrubar as cerejeiras. Estou na Póvoa e espraio o olhar pela longa Avenida que a
DIA MUNDIAL DA ARQUITECTURA Ocorreu no passado dia 1 do corrente mês de Outubro o Dia Mundial da Arquitectura. Ouvi as declarações da Bastonária da OA, Helena Roseta, que disse lamentar ter a efeméride sido esquecida no nosso pátrio rectângulo e, pior que tudo, não ter a Assembleia da República lembrado o facto, tanto mais que havia sido criado entre nós a importante figura do Provedor da Arquitectura. Enfim! Somos como somos! Mas esta questão da celebração do Dia Mundial da Arquitectura poderia ter acontecido na Póvoa, se a ideia que aqui lancei em 27.07.2006 (Os «nossos» arquitectos) tivesse encontrado um mínimo de receptividade. Se assim fosse, poderia ter-se organizado, a propósito daquele dia, e por exemplo, uma retrospectiva da vida dos arquitectos que marcaram a história da nossa cidade, com uma exposição (insisto no Diana-Bar) que haveria de trazer à Póvoa pessoas que encontrariam nela mais um motivo forte para nos visitarem. Com uma organização de
HÁ UM PARAÍSO NA TERRA! «As praias, os hotéis, os bares e restaurantes, as lojas e vários espaços de desporto e lazer enchem-se de gente que vê no concelho o destino de excelência para as suas férias. O tempo foi capital, com tardes quentes, convidativas a um mergulho no mar , e noites mornas e limpas, tornando muito apetecíveis as esplanadas e os passeios descontraídos pelas ruas e as avenidas. Esta procura, entusiasmada, é sustentada num programa anualmente valorizado de acções de animação cultural, multidisciplinar, que proporciona alternativas de divertimento aos residentes e visitantes, que defende e difunde aquilo que são as suas gentes, usos e costumes, reforçando, cada vez mais, a ideia de que É BOM VIVER AQUI». Este é parte do texto da Folha (mensal de propaganda) Municipal da nossa cidade, referente ao mês de Setembro de 2006. O título que encabeça o texto, se fosse verdadeiro, haveria de «vender» férias e serviria para desenvolver o Turismo
VAI ABRIR A CAÇA! Revela hoje a SIC Notícias que o PS quer que o enriquecimento ilícito seja considerado crime. O Parlamento vai preparar a necessária legislação. Ora, isto não me parece nada de extraordinário. Um tal tipo de enriquecimento - ilícito - só pode ser obtido por roubo, traficância ou por actos de corrupção. Crime, portanto! Se o PS está determinado a seguir em frente, como irão reagir os outros partidos políticos? E por cá, o que pensarão desta medida os nossos políticos?
A ECONOMIA «CRESCE» Neste fim de Setembro, três instituições bancárias (Santander Totta, Millennium BCP e Caixa Geral de Depósitos) efectuam leilões de «casas a preço de saldo», como noticiava a Revista «DIA D», nº52, de 15.09.2006, que informa que «a maior parte destes móveis são postos a leilão quando os proprietários não conseguem pagar as prestações mensais do empréstimo». «Não se trata de penhoras», esclarece a empresa leiloeira, mas sim da entrega do imóvel ao banco resultante de uma negociação com o (antigo) proprietário. Sempre é mais consolador saber isso... A maior parte das propriedades é constituída por apartamentos e moradias (378 !), a que se juntam 17 lojas, em geral nos subúrbios de Lisboa e Porto, que são as zonas onde « mora » uma menor capacidade financeira, sendo as populações afectadas pelas subidas das taxas de juro e pelo aumento do desemprego . Sinal dos tempos que correm. Enquanto lucra a banca, a de
O PARQUE É UMA MINA! O «Parque da Cidade» nasceu no tempo de Manuel Vaz, Dr., quando estava à frente da Autarquia. Foi há uma eternidade! A ideia foi agarrada pelo novo presidente, Macedo Vieira, Dr.; alguém lhe recordou que existia uma ideia..., e passou achamar-se projecto. O pulmão verde da cidade, para melhorar a qualidade de vida dos poveiros. Já havia o lago da pedreira, que servia para brincar com barquinhos e pescar peixes distraídos. Traçar uns caminhos, plantar umas árvores, bancos aqui e além, num esquema arquitectado por quem percebesse alguma coisa, pouca, de parques: aí estava o princípio do Parque. Execução fácil e de baixo custo. Podia ter começado no dia seguinte a ter-se sentado no cadeirão do poder. Ah! mas a tentação de todo aquele terreno, e doutros terrenos... Passa o Parque da Cidade para o mandato seguinte; ganhou estatuto de bandeira eleitoral; constroi-se o Estádio Municipal, e basta por agora; o parque para o povo adia-se
CARTAS «... espero que ao receber esta se encontrem todos de perfeita saúde, que nós cá ficamos bem, graças a Deus...» Além das cartas de amor e desamor, entregues em mão ou pelo carteiro, há muitos outros tipos de cartas. Carta de á-bê-cê, carta aberta, anónima, envenenada, carta branca; Cartas de jogar; Carta electrónica; Carta constitucional, carta régia, carta de alforria; Carta gastronómica (ou ementa), carta de vinhos; Carta de piloto, mapa, carta de resposta, marítima, de navegação, de marear ou náutica, carta geral, carta de Mercator; Carta geográfica, hidrográfica, de correntes, batimétrica, de ventos, de rumada, litológica, isófota, sinóptica, orobatimétrica; Carta de corso (de marca ou de represália), carta de crença, carta partida ou de afretamento, carta de prego, carta credencial; Carta de condução, de motorista, de marítimo, carta de instrução, carta patente, carta diploma, carta de curso; Carta topográfica, carta celeste, carta polar; Carta de intenções, carta estratégi
ESTACIONAMENTO: USOS E ABUSOS Há o estacionamento pago, à superfície, que é uma árvore das patacas, e há o dos parques privados, pago, com tendência para a roubalheira. Falo, agora, doutros géneros, que vemos por cá. 1 . Espaços reservados para ambulâncias junto a clínicas e consultórios, com infrações sujeitas a coima e reboque. Espaços reservados para a CMPV(vereadores) junto à CGD na Praça do Almada. Espaços para a CMPV(ao lado da CGD, também na Pr. do A lmada. Espaços com parquímetro, reservados para a CMPV, ao lado dos CTT. Espaços reservados para as Finanças (Chefe e outros). Estes e semelhantes espaços deviam indicar que a reserva é apenas em dias úteis (ou de funcionamento), e das tantas às tantas horas. Um cidadão que pretenda ser cumpridor, passa a ser artolas; se estacionar, usando a racionalidade, não escapará à fome da multa e à febre do reboque. Existe aqui um abuso dos direitos dos cidadãos e uma ofensa à sua intelig
REFRESCOS DE FIM DE VERÃO Para refrescar memórias, eis quatro xaroposos refrescos «servidos» por Macedo Vieira, Dr.,presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, em meados de Janeiro de 2004 (à distância de quase 2 anos das eleições autárquicas), durante uma entrevista pública comemorativa dos 10 anos de presidência, e organizada pelo «Póvoa Semanário/Radiomar»: 1º - «A Oposição tem o seu trabalho, mas vale o que vale. Nós temos sete vereadores e é a nossa opinião que predomina». 2º - «Eu sou sócio de uma empresa familiar que gere o nosso património, e se for preciso mais, até porque já estou há dez anos na Câmara Municipal e não vivo, nem queroviver da política». 3º - (respondendo à pergunta se acredita que os poveiros ainda estão cada vez mais com ele) «Sinto-o na rua. Estou de consciência plenamente tranquila, até porque a Póvoa de Varzim, hoje em dia, tem padrões de qualidade de vida equiparados às cidades europeias». 4º - «No dia seguinte às eleições, encontrei um gabinete co
QUALIDADE MANTEIGAS foi eleito o concelho com melhor Qualidade de Vida por um estudo coordenado pelo Prof.Dr. João Ferrão. A Câmara Municipal de MANTEIGAS foi a primeira autarquia de Portugal continental a ter os serviços certificados, segundo a Norma ISO 9001:2000. (in «Revista da Qualidade», de Julho/Agosto de 2006) - Nós por cá, na Cidade do Conhecimento, tudo bem...
Prémio Turismo Para valorizar o Espaço Público, premiando as melhores práticas, qualificando o Turismo Nacional e fomentando a responsabilidade social dos agentes do sector, o Instituto de Turismo de Portugal (ITP) vai promover a 2ª edição do Prémio de Turismo, este ano na categoria AMBIENTE PRAIA. As candidaturas estão abertas até 8 de Setembro de 2006. Eu gostava muito que a nossa Câmara Municipal apresentasse a candidatura, para não deixar escapar esta oportunidade de vencer o Prémio ITP 2006...
... E Barcelos aqui tão perto! 1. Foi em 2002 que tomei conhecimento que a ETAR municipal de Barcelos, e todo o sistema de condução de efluentes domésticos e industriais, estava a funcionar desde 1999 (há 7 anos, portanto). Dimensionada para tratar, até 2010, os efluentes domésticos de 42 mil habitantes, e de 48 mil em 2020, a ETAR aumentará a capacidade de tratar efluentes de origem têxtil(tinturarias) e outros. Para já (em 2002), além de 13 tinturarias, a ETAR irá receber os efluentes domésticos de 15 das 89 freguesias do concelho. A Póvoa tem apenas 12 freguesias! 2. Esposende, um nosso vizinho do litoral, tem um sistema de tratamento de esgotos, pagos, em parte, com verbas semelhantes às quais a Póvoa tem acesso mais facilitado. Mas a Póvoa não tem nenhuma ETAR! 3. Porque não se seguem, afinal, os bons exemplos dos vizinhos, e só se servem dos maus exemplos como desculpa para a incompetência? 4. As verbas da concessão da zona de jogo não devem ser atribuídas a qu
Praia da Lagoa: Espantoso! Não vou repetir o triste episódio da recente interdição de quatro praias da Póvoa. Insisto, todavia - e apelo - a que se apurem todas as responsabilidades , a bem de um futuro melhor. Para se compreender o objectivo deste apontamento, que espanta, no qual a Autarquia joga um papel central, é importante memorar alguns dos factos: promessa de análises frequentes e divulgação dos resultados; atribuição das causas a factores alheios, e nunca aos esgotos; incumprimento das ordens de interdição; desrespeito pelas instruções das entidades envolvidas (CRSN, CCDR-N,Capitania); difamação (como arremesso desculpante) de dirigentes políticos e da autoridade marítima; declarações públicas levianas e torpes; silêncio absoluto do primeiro responsável (num caso de saúde pública!), Dr. Macedo Vieira, médico e presidente da Câmara. Pois bem! Vejamos agora a notícia do «Público», de 24 de Agosto de 2002 : Interdita a banhos a praia da Lagoa; análises
COLÉGIO DO CORAÇÃO DE JESUS Vai ser destruído o edifício do Colégio do Sagrado Coração de Jesus, no centro da cidade, nas traseiras da Igreja Matriz. Pelo espaço que ele agora ocupa vai passar o absurdo prolongamento da Avenida Mouzinho de Albuquerque, que a ligará, através do Largo das Dores, às vias C e B, como consta no Plano de Urbanização, aprovado com os votos da maioria e ao qual se apontaram as reservas que são conhecidas. Foi em vão! Prevaleceram a teimosia e o jogo de interesses! Fizeram orelhas moucas às alternativas então apresentadas, porque não encontraram argumentos plausíveis. O edifício e o espaço envolvente poderiam servir a comunidade poveira (o Colégio, de tantas memórias, acabou), tão carenciada que está na área social; assim, servirá outros interesses! A pouco e pouco vamos assistindo à destruição de partes importantes que marcaram a história poveira.
Manuel José Ferreira Lopes Faleceu Manuel Lopes. Um poveiro notável pela sua inteligência e pela sua cultura invulgar, que sempre colocou ao serviço dos interesses da Póvoa de forma superior e apaixonada. Os poveiros têm uma dívida de gratidão para com Manuel Lopes. Recordar a sua memória será ajudar a continuar os seus projectos em prol da Póvoa, e que foram toda a sua vida.
A TAÇA DE PAPEL Está quase a fazer um ano que a Câmara Municipal da Póvoa deVarzim foi incluída na classificação das 10 melhores cidades do país, tendo sido mesmo a primeira no Desenvolvimento Social. Para esta classificação honrosa contaram parâmetros como, entre outros, a taxa de analfabetismo, de desemprego e de pessoas abrangidas pelo rendimento mínimo garantido (parece que não entraram em linha de conta com a inexistência de saneamento básico). Foi o próprio presidente da Câmara, então candidato ao 4º. mandato (num compromisso de apenas 2 mandatos), que se deslocou à sede da Associação Nacional de Municípios para receber o «Prémio Nacional Municípios de Futuro», que pretende distinguir os « municípios com maior investimento no bem-estar e progresso». Macedo Vieira declarou, na altura, que o prémio «serve para calar os velhos do Restelo que mais não fazem do que passar a vida a dizerem que na Póvoa de Varzim não há qualidade de vida». Foi o «i
NÃO DIGAM MAL DA PÓVOA! Há alguns anos (ainda se publicava o «Notícias da Póvoa») realizou-se na Filantrópica um debate sobre a Comunicação Social poveira, com representantes dos quatro semanários locais. Várias questões na agenda: necessidade de tantos jornais, cobertura noticiosa da cidade e do concelho, públicos-alvo, qualidade da informação, jornalismo de investigação, independência dos poderes político e económico, etc. Ficou no ar o desejo da fusão de jornais (dois seriam suficientes, alvitrou um dos representantes), a impossibilidade de se fazer um mínimo de jornalismo de investigação, e também alguma dificuldade do jornalista em «sair fora dos trilhos». Unânime foi a opinião de que seria preciso informar com verdade. Da assistência alguém pediu a palavra para dizer que tinha que haver algum cuidado naquilo que certos cronistas escreviam, os quais não deviam dizer mal da Póvoa, pois seria uma má imagem que se passava aos nossos emigrantes. De pa
DOIS JORNAIS,DOIS CASOS Ao escrever o texto anterior («Jornalismo e Responsabilidade», em 01 de Agosto), estava longe de imaginar que em dois jornais locais iriam surgir dois casos que cabem perfeitamente no quadro então traçado. Vejamos: - O «Voz da Póvoa»(nº 1271) revela no «Quarto Minguante» que o presidente da Junta de Freguesia da Estela, « que está há tantos anos à frente dos destinos da Estela, tem responsabilidades na grande taxa de analfabetismo e alcoolismo que, segundo os estudos, existe no lugar do Teso ». O jornal chama a atenção e lança um alerta para uma situação que é deveras preocupante. Fez bem o jornal em denunciar (mais) este caso social. Creio, no entanto, que no seguimento do texto referido no início, poderia ir mais além, fazendo uma cobertura mais ampla; prestaria um bom serviço à comunidade porque responsabilizaria as autoridades para uma triste situação que, afinal, já era do seu conhecimento. - Na entrevista de Macedo Vieira ao
«JORNALISMO E RESPONSABILIDADE» Está o título entre aspas porque ele não me pertence: retirei-o do «Comentário» de José Carlos de Vasconcelos(JCV), publicado na «Visão»(nº 699, de 27 de Julho), onde refere que «o jornalismo é, sobretudo, antes de tudo, responsabilidade», sendo uma tal «responsabilidade - cívica, social, cultural, etc., dever de informar com rigor e qualidade, atentas designadamente as possíveis graves consequências de uma informação deturpada, incompleta, parcelar, que induza o leitor em erro, leve a visões distorcidas de factos ou a juízos injustos sobre pessoas». O «Comentário» de JCV vinha a propósito duma notícia publicada num diário nacional, com título na primeira página, a roçar o sensacionalismo, e que logo se provou não ser exacta, e por isso não inteiramente verdadeira. Não se considerando o jornalismo o poder , ele é, em minha opinião, um poder , porque tem força, a qual se traduz no poder de influenciar os leitores e influenciar o po
OS «NOSSOS» ARQUITECTOS O número não faz a qualidade, mas conta. Não será fácil imaginar quantos arquitectos temos aqui, ao pé da porta. Na Póvoa e em Vila do Conde, entre residentes ou com escritório, ou no exercício doutras funções, ronda a centena! Qualidade não falta, tenho a certeza: há jóvens talentosos, que conhecemos, e outros profissionais com provas dadas, que são de todos conhecidos. O que acontece é que a Póvoa de Varzim não é sabida pelas obras concebidas pelos «seus» arquitectos. E devia sê-lo. A Póvoa não tem sido, decididamente, uma cidade de arquitectos. Para dar a volta a isto poderia organizar-se na Póvoa o «Mês da Arquitectura», com exposições executadas pelos arquitectos interessados, divididos em grupos e por semanas, em locais de referência, como o Diana-Bar, a Biblioteca Municipal e a Filantrópica, por exemplo. Seria um atractivo no cartaz cultural da Póvoa, um estímulo e um incentivo para os jóvens que poderiam descobrir aí a sua vocação, e uma prova de reconhe
OPOSIÇÃO «Com oposições assim, o Governo vai andando, apesar de ter algum trabalho de casa mal feito ». (José Leite Pereira, in JN de 21.07.2006) Sem recorrer ao texto completo, percebe-se que o autor pretende classificar a Oposição ao Governo (as oposições) como gente mole, pouco activa, e sem alternativas credíveis para os problemas que o Governo vai (ou não vai) atirando para a liça. Ora, uma tal paz podre convém à governação, que vai orientando o barco como lhe convém. Isto não serve, está bom de ver, aos interesses da boa política de todos nós. Se transplantarmos este estado de alma para a governação caseira, pior ainda, porque os olhares do mundo nacional não são os mesmos dos de cá, e há apenas a oposição de um partido (um terço do executivo). Como se sabe, a Lei determinou um Estatuto da Oposição, que tem que ser respeitado pela maioria reinante; e a oposição tem igualmente o dever de estudar os assuntos a discutir, e apresen
A ARQUITECTURA E OS CIDADÃOS »É tempo de exigir dos arquitectos que façam aquilo que sabem e que assumam a sua responsabilidade no ordenamento do território, na melhoria do ambiente urbano e na qualidade arquitectónica do que se constrói em Portugal» Arquitecta Helena Roseta, Bastonária da O.A. ( in «País Positivo», Jun-Jul 2006) E eu, cidadão, acrescento: Para além desta norma, responsabilidades acrescidas terão os arquitectos que detêm cargos no Poder Local ou que exercem funções nas Autarquias.
(DES)PROPORÇÕES Para se avaliar o grau de eficiência dos municípios, foram analisadas 269 autarquias no Continente, tendo-se concluído que apenas 10% são eficientes. A Póvoa de Varzim NÃO está incluída neste número. No Norte, de entre 86 municípios, são considerados eficientes: Braga, Vizela, Gondomar e Porto. Nem no restrito Norte a Póvoa é considerada como eficiente. Se fossem eficientes, os municípios portugueses podiam prestar os mesmos serviços com menos 43% dos recursos. A Póvoa ultrapassa em muito este valor. É de Elvas o bom exemplo de município eficiente: . 27 ooo habitantes . 278 funcionários . 31,3 M de Euros de Receita total (2005) . 25,5 M de Euros de Despesa total (2005) . Gastos com pessoal: 40% da despesa corrente . Endividamento total: 269 mil euros. Na Póvoa é o que se vai sabendo: . Habitantes: 63 500 . Despesas com pessoal: 48,5% das despesas correntes . Funcionários: muito superior a MIL (número exacto desconhecido).
O CIRCO O circo, para ser bom, tem que ser genuíno. Podem melhorar-lhe as roupagens, apresentar trapezistas mais arrojados, ou animais ferozes, que o circo será sempre o circo de que toda a gente gosta, desde que tenha palhaços. No último que chegou à cidade, não foi isso que aconteceu. Quiseram dar-lhe um ar de modernidade, mas não resultou. Tinha só palhaços ricos, e o povo não dispensa os palhaços pobres, que esses é que são a alma do circo. Quanto a animais, apenas aves de rapina amestradas. À volta do recinto, os trombeteiros ao seviço do patrão tocavam notas falsas. O dono do circo, de casaca e cartola, apresentou uma novidade ao pouco público presente: «vou mandar cavar uma galeria que vem directamente dos bastidores e terá várias saídas na pista, para aumentar a surpresa dos senhores espectadores». Alguém da audiência perguntou se nessa altura os bilhetes iam ser mais caros. Ia começar o espectáculo, e ouviu-se então um b
MISERÁVEIS NÚMEROS O jornalista Ângelo Teixeira Marques assina a notícia do «Público» de hoje, 08 de Julho, sobre o programa de apoio às habitações degradadas apresentado pelo PS-Póvoa, e na qual inclui números do diagnóstico social do nosso concelho, elaborado pela própria autarquia. Números que mostram uma realidade triste que teima em passar ao lado das preocupações de quem tem por primeira obrigação do seu exercício cívico procurar o bem-estar dos munícipes; números que se escondem na injustiça social que cresce em cada dia que passa; números que representam pessoas excluídas do progresso e que gritam sem voz. Responsáveis somos todos, e de há muito, mas não tem perdão um Câmara PSD, esbanjadora, que sistematicamente ignora as carências e as prioridades, deixando de cumprir o seu compromisso social. Quando esta Câmara PSD e os seus deputados municipais (incluindo os presidentes de junta de freguesiaPSD, cúmplices na manutenção do quadro de misér
UM PROJECTO SEM DEMOCRACIA Na próxima 5ªFeira, 6 de Julho, a Assembleia Municipal vai apreciar o projecto da Avenida Mouzinho de Albuquerque (incluindo a sua remodelação à superfície e a construção do parque de estacionamento subterrâneo), projecto que foi fabricado pela maioria PSD do executivo camarário. Se o projecto for aprovado, sê-lo-á apenas pela FORÇA da maioria PSD na Assembleia, sem qualquer base que o sustente com verdade. Os donos do poder TÊM que responder à questão da necessidade da construção do parque subterrâneo, ou seja, apresentar na Assembleia Municipal a JUSTIFICAÇÃO para essa construção, mostrando os estudos e os números que conduziram à sustentação de tal necessidade. Até que isso aconteça, o parque NÃO se justifica, e é um projecto que não passa de uma FALÁCIA.
ESPAÇOS VERDES A revista «Visão», de 15 de Junho, apresentava a seguinte questão, em letras bem gordas: «Porque é que Lisboa continua a ser uma das poucas cidades europeias onde não existem praças, com árvores frondosas e bancos de madeira, onde possamos descansar? É verdade que continua o «assalto» generalizado aos espaços verdes (onde couber um loteamento...), mas perante a pergunta (de alarme?), consultei um mapa recente da capital e pareceu-me que a coisa não está tão mal assim: ainda têm o Parque de Monsanto (o pulmão de Lisboa), o Jardim Botânico, as árvores (de grande porte) da Avenida da Liberdade, etc. Mas se levantam a questão, é porque tem havido razia. Pior, muito pior, é o que se passa por estas bandas. P.S. - Não escrevi durante uns tempos, porque se partiu o lápis! Mas agora já está novamente afiado...
Medalhas e Comendas Esta é a época de medalhas e comendas, de público reconhecimento aos portugueses que, nas mais diversas áreas de actividade, se têm distinguido por actos continuados de dedicaçaõ a causas nobres e pelo trabalho valoroso a favor do progresso do país e da humanidade. A data escolhida é o Dia de Portugal, que abraça os feitos lusos de antanho e os sentimentos que ligam os portugueses espalhados pelo mundo. É um dia maior na vida nacional, que agora se celebra sem o aparato militarizado e falsamente participativo do povo bom e ingénuo que dantes enchia o Terreiro do Paço. Agora somos nós que prestamos a nossa homenagem àqueles que por actos valorosos se distinguiram; fazêmo-lo por intermédio do Presidente da República, que nos representa, e se baseia nos elementos indicados por um grupo de conselho e na linha de princípios que o próprio estabelece. Pode o desconhecimento das individualidades ou instituições levar-nos à discord
Dia do Ambiente Por ser o Dia do Ambiente, recordamos aqui as duas principais matanças de choupos e plátanos que ocorreram na nossa cidade. A primeira, há alguns anos já, aconteceu numa operação surpresa na Praça João XXIII, com os protestos dos pássaros que ali tinham o seu habitat, e de quase todos os moradores que por vários meios expressaram na altura a sua revolta. A justificação esfarrapada dada pelo comandante da operação de abate foi a de que as raízes das árvores entravam pelas garagens e canalizações dos prédios, mas crê-se que foi para acalmar os ânimos e o susto de um compincha que um dia sentiu as raízes a treparem pela sua sanita. Coisas do diabo! A segunda matança, esta de perigosos plátanos, sucedeu há poucas semanas na Praça Luís de Camões. Neste caso, as queixas foram de duas espécies: as alergias que o algodão das árvores provocava nos alunos da Escola Secundária Rocha Peixoto, e de um morador que, com tão frondosas copas, n
«GENTE NÃO É CERTAMENTE...» À fauna inverterbrada que por aí rasteja, como restos de sociedade, e que inclui: -imbecis -cobardes -mentirosos -impostores -oportunistas -corruptos e seus amigos, dedico esta frase de DON WOOD,escritor: «A ESTUPIDEZ É ETERNA... MAS A IGNORÂNCIA PODE CORRIGIR-SE»
NEGÓCIOS DA CHINA Se o projecto da Quinta da China, no Porto, obtiver a aprovação da Assembleia Municipal do Porto (o que não será difícil porque o próprio Presidente da A.M., que é do PSD, pode desempatar a favor), haverá desafectação do domínio público de duas parcelas de terreno, correspondentes à referida Quinta. A eventual (e provável) aprovação pela A.M. implica a sua alienação a favor de Calçadas do Douro, Sociedade Imobiliária, Lda. Negócios da China! Só agora, na ponta final do processo (que já tem anos), é que o executivo PSD da Câmara do Porto leva a decisão à A.M. , órgão responsável pela deliberação do município. Porque será que só agora é que a A.M. é chamada a legitimar um processo que nunca foi nem está claro? É a subversão da política! Isto dá que pensar! E se, por momentos, transferíssemos este modo nada democrático (ou antes: violador dos princípios democráticos) para o município poveiro? Não teremos também, por cá, c
Relativa Liberdade de Expressão Há cerca de três meses, João Paulo Guerra escrevia na sua coluna habitual no «Diário Económico», uma crónica a que deu o título « Mau Gosto e Falta de Senso ». Isto a propósito do insólito caso de um ministro italiano ter mandado fazer, vestir e distribuir T-shirts com as famosas caricaturas do profeta do Islão, atitude que até o ex-primeiro ministro Berlusconi condenou. Vem isto a propósito de quê? Simplesmente pela semelhança do título que empreguei, no verão passado, numa crónica que escrevi para o (então renovado) «Comércio da Póvoa de Varzim», cujo título era « Mau Gosto e Pouca Vergonha », sobre o desplante tido pela nossa Câmara Municipal (e pelas justificações dadas) na colocação de cartazes alaranjados relativos à Póvoa, em período de pré-campanha eleitoral. Parte dessa crónica, focando outra realidade imbecil, foi aqui referida num texto anterior. Não se pretendeu ofender ninguém, mas apenas mostrar a no
Póvoa Segura Escrevo sobre a Polícia Municipal (PM) . Mas, antes de tudo o mais, esclareço que não é para dizer mal da autárquica corporação, por grandes razões que possam existir. Vamos, então, a factos. Hoje mesmo, passavam cinco minutos do meio-dia, o carro da PM, com uma tripulação de dois cinzentos elementos, artilhados de óculos de sol à maneira , descia , nada devagar, a Rua das Hortas. Na Avenida Mouzinho, vindo do lado do mar, o reboque da PM (com idêntica tripulação), contornou a placa central e voltou para poente (é o mar que nos chama...) ; momentos depois, era a evidência da coordenação policial: regressava o reboque, sem transgressor rebocado, seguido do mesmo carro da PM, e ambos pararam no semáforo ao pé do Mercado (por coincidência, logo atrás parou um carro da PSP). Num dia lindo de sol, como este, até apetecia andar a pé. Enfim... Na Praça Luís de Camões, um puto fazia tiro ao alvo, com pedras, t
MUNDO CÃO Para reflexão, transcrevo, com profunda amargura, uma notícia vinda no «Público», no passado dia 4 de Maio. «Uma criança de quatro anos de idade , que foi vendida pela mãe por pouco mais de 15 euros, fez muito sucesso numa corrida para rapazes na Índia, depois de ter corrido 65 quilómetros, mas os críticos acusaram o seu treinador de colocar em risco a saúde do rapaz por dinheiro. O menino, Budhia Singh, vestido com uma T-shirt branca e calções vermelhos, atingiu a meta em sete horas e dois minutos, tendo sido acompanhado por 300 oficiais da polícia. Muitos canais de televisão indianos transmitiram a prova, pelo que a criança se tornou no mais jovem indiano a realizar aquela distância. Nascido num bairro em Bhubaneswar, capital do estado oriental de Orissa, Budhia tinha apenas um ano de idade quando a sua mãe o vendeu, após a morte do pai.»
O CONGRESSO Nos três dias do próximo fim de semana a Póvoa de Varzim vai ser literalmente invadida por militantes do PSD, para o seu Congresso Nacional, que vai ter lugar no Pavilhão Municipal. Antes, durante e depois do Congresso, e por causa dele, o nome da Póvoa vai ser repetidamente lido e escutado. Só por isso já vale a pena (e poupa-se na propaganda turística). Para além do debate das questões internas do Partido, de que o País poderia eventualmente beneficiar, há vantagens imediatas para a Póvoa. A saber: - vão descobrir-se muitas carências para a Póvoa, a todos os níveis (se na semana passada um pequeno grupo de dirigentes distritais do PSD descobriu que o molhe sul do nosso porto é um perigo, e que ameaça ruína, o que não irão descobrir uns milhares de atentos militantes - e responsáveis políticos- doPSD, reunidos em congresso?); - vai medir-se a capacidade hoteleira da cidade e do concelho (tudo esgotado), e não haverá mesa livre nos r
Uns Pingos de Humildade Parece que caiu no goto dalgumas pessoas o «louvor» endereçado ao vereador Pedro Matos, na última sessão da Assembleia Municipal, a propósito duma entrevista que dera a um jornal local. O«apreço» seria pelas intenções ambiciosas que declarou pretender para a Póvoa, no âmbito do seu pelouro. À estranheza inicial, face à declaração em que se referiam as boas medidas que previa (mas que não constam no programa eleitoral do PSD!), seguiu-se o espanto(e a discordância)por se ter afirmado que o novel vereador lera e havia interiorizado algumas propostas que constam no Programa Eleitoral do Partido Socialista; e mais se torceu na cadeira o senhor vereador quando até foram indicados os números de duas propostas concretas(basta conferir). Teria sido bonito aproveitar a ocasião e mostrar a sua concordância com as propostas socialistas, nessas questões referidas. Um tudo-nada de humildade só engrandecia o senhor vereador, mas preferiu
A PERGUNTA QUE NINGUÉM FEZ Às vezes não é preciso fazer perguntas, que as respostas aparecem sem serem encomendadas. É o caso do Dr.Vieira, que por tudo e por nada (no intervalo dos insultos à oposição) costuma dizer «ganhei em todas as mesas de voto», o que creio ser verdade. Mas, nestas últimas eleições: - perdeu votos; muitos votos; - perdeu 3 presidências de Junta de Freguesia; - perdeu um vereador! No penúltimo mandato, o jornalista perguntou ao Dr.Vieira, ainda Presidente da Câmara e recandidato («o meu compromisso é apenas por 8 anos...»), o que era para si uma vitória. - «é ter mais 1(um) voto que nas últimas eleições; é sinal que os poveiros aprovam a obra feita». Eis a pergunta que ninguém fez, incluindo os jornalistas: «E então agora como é, Dr.Vieira»?
.Era uma vez...a Praça de Touros! Nesta fase dos campeonatos(de futebol e da política local), relembro uma crónica que escrevi em 14.06.1996 em «O Comércio da Póvoa de Varzim», e que intitulei «A Ópera foi à Tourada». Mudaram-se os tempos, cresceram certas vontades e atrapalharam-se as ideias, tudo num compasso de espera que nos levará a ter saudades da Praça de Touros e da prometida praceta de lazer, a norte, um atractivo e invejável espaço a convidar ao descanso e ao convívio; a praceta serviria ainda para descomprimir o maciço da construção naquela zona. Tudo a favor da também prometida qualidade de vida, que será adiada e esquecida. « Segui, ansioso, e tanto quanto me foi possível, a azáfama dos operários em redor da decrépita Praça de Touros. Com paciência e carinho eliminaram eles os amontoados de terra, cavaram o terreno para prepararem plataformas amplas, lisas e bem desenhadas, aptas para o escoamento rápido das chuvas nos tempos invernosos. Lentamente e com arte burilaram as
25 de Abril, 2006 Sinto, como se fosse hoje, o ar fresco daquela manhã de Abril; Vejo, passados tantos anos, a alegria imensa estampada no rosto das pessoas; Apertam-me, ainda hoje, os abraços da gente anónima, que agarra a Liberdade; Conservo, por mim e por todos, a mesma esperança que abrimos naquela manhã de Primavera. Festeje, cada um, o 25 de Abril, como quiser, como souber, como puder. Grite, cada um, mesmo em silêncio, a alegria que lhe vai na alma. Neste dia de Abril, esperança de náufrago nas tempestades da vida, relembro parte do poema «Liberdade», de Manuel Alegre: (...) Teu nome onde exilado habito e canto mais do que nome: navio onde já fui marinheiro naufragado no teu nome. Sobre esta página escrevo o teu nome: tempestade. E mais do que nome: sangue. Amor e morte. Navio. Sobre esta página escrevo o teu nome: LIBERDADE.
IRREGULARIDADES...REGULARES! A notícia é-me dada hoje pela internet na página do «Póvoa Semanário»: «PS denuncia coação da Câmara envolvendo trabalhadores do Parque de Viaturas». A questão teria sido apresentada em PRIVADO - aspecto positivo digno de realce - na última reunião do Executivo. O vice-presidente da Câmara, Aires Pereira (que presidiu à sessão), afirmou ao «Póvoa Semanário» (lá se foi a privacidade...) que «nenhuma irregularidade foi cometida pelo executivo municipal». Atentemos no pormenor: «irregularidade» em vez de uma possível (e quase certa) «ilegalidade». Jogo de palavras, a entreter até à próxima reunião, quando forem dadas explicações (porque não foram dadas logo após a comunicação «em privado»?). A afirmação, convenhamos, até faz sentido: «nenhuma irregularidade foi cometida...»; então, concluo eu, decorreu tudo na «regularidade», que mais não será do que a regularidade seguida pelo executivo neste tipo de procedimentos, que vamos sabendo
O LIXOMÓVEL Agora mesmo, acaba de passar-me à porta mais uma unidade móvel do sistema poveiro de saneamento básico, do tipo «MV» (especialmente dedicado às freguesias rurais do concelho, que é onde residem os poveiros de segunda e terceira categorias), formado por um camião-cisterna que transporta o recheio de fossas sépticas. Hoje já passaram três, todos para um campo grande nas proximidades; durante dois, três ou quatro dias (é variável) teremos que conviver com um cheiro nauseabundo, que não se aguenta. Até os cães ladram, em sinal de protesto, porque o fedor lhes fere o faro. Mas as pessoas calam-se! O munícipe que requisita o serviço paga-o e paga caro, à Câmara; e paga ainda a taxa de salubridade e a taxa de saneamento. A nós, que somos presenteados com o «aroma» que não pedimos, e que rejeitamos, exigem-nos uma taxa de salubridade durante todo o ano; talvez um prémio por termos que suportar o mau cheiro intenso da vacaria do vizinho.
A VARZIM LAZER PROMOVE AS CIÊNCIAS O tema «Fui à VL-E.M.- forneceu, neste blog e noutros meios, elementos que me poderiam levar a traçar vários figurinos sobre aspectos do comportamento humano, o que daria para um Ensaio. Ensaio, antes, e mais aligeiradamente, algumas considerações a propósito. Gostei de constatar a participação de alguém que não só reforçou o que havia escrito - e que valoriza a importância do caso - como também corrigiu a «minha» matemática, no que respeita ao valor do IVA subtraído aos munícipes. A minha intenção não era discutir a exactidão das «décimas», mas sim o significado do custo acrescido que resulta para os utentes, caso aquela E.M. tivesse sido bem parida. A V.L. promoveu, então, a Matemática. Depois passou-se à fase do entendimento do critério, e promoveu-se a discussão Política. Entre um e outro debate revelou-se a Filosofia. Ainda bem! Por outro lado, e a propósito do meu texto, fui dado a saber que a Varzim Lazer (Piscinas) TEM vigilantes, que NÃO vig
FUI À VL - E.M. Em boa verdade fui apenas às Piscinas da Varzim Lazer que é, como se sabe, uma Empresa Municipal criada para servir os munícipes o melhor possível, e que compreende também a Academia de Ténis e o Pavilhão Municipal. Sou utente da VL. Tenho cartão, de banda magnética, com fotografia, e deram-me um número. Em tempos havia recebido uma carta a lembrar-me que tinha que entregar a Declaração Médica, como manda a Lei, até uma determinada data. Assim fiz. Lei é Lei! Agora fiz um «carregamento» no cartão de utente: 100 euros (opção minha). O recibo tinha lá impressos dois elementos importantes: - «assumo todas as responsabilidades inerentes a esta utilização por incumprimento do DL nº 385/99, de 28 de Setembro(Declaração Médica)». - valor do IVA: 21%. Duas observações a propósito destas duas notas: - a VL exige aos utentes o cumprimento da Lei, expressa no supracitado Decreto. Mas a Varzim Lazer NÃO cumpre o que a Lei d
LUCROS REFINADOS A GALP obteve no ano passado(2005) lucros no valor de 442 Milhões de Euros(resultado líquido recorde), o que representa um aumento de 20% em relação a 2004. Para o nosso nível, pode-se considerar que se trata de um lucro astronómico. Ainda bem. Parabens à GALP! É um sinal irrefutável de boa gestão. Agora a GALP vai fazer investimentos, claro. O alvo é a melhoria da Refinaria de Sines, o que significa que vamos produzir mais e melhores produtos petrolíferos. Mais lucros! É Portugal a crescer! Consolidámos a nossa posição de último na fila dos 25 países da UE. O gás butano tem sofrido aumentos consideráveis e sucessivos. O gás natural aumentou 5 vezes mais que a electricidade, desde 1998. Ontem a GALP aumentou mais uma vez o preço das suas gasolinas!
FÍSICA DEDICADA « DEVIDO À VELOCIDADE DA LUZ SER SUPERIOR À DO SOM, ALGUMAS PESSOAS PARECEM INTELIGENTES ATÉ AS OUVIRMOS! »
ROSAS VERMELHAS - No Dia Internacional da Poesia- Esta é uma história verídica que me contaram, sobre uma cena macaca vivida numa autarquia do interior, daquelas em que ainda se vive o clima de «quem não é por mim é contra mim», e que se conta em duas penadas, embora seja assunto a merecer profunda reflexão. A Câmara Municipal apoiava uma festa das crianças com paralisia cerebral; numa das instituições de apoio social, que participava no programa, havia uma criança com grande poder criativo na poesia; a sua Psicóloga Educadora incentivou-a a apresentar um poema, o que encheu de alegria a criança. E dali nasceu um poema belo, enternecedor, dedicado aos seus Pais: falava de flores, rosas e cravos vermelhos (a cor vermelha pode significar Amor, sabiam?), e falava do Sol e das aves! No dia do ensaio, e perante dois vereadores da referida autarquia, justamente o da Cultura e o da Acção Social, a Educadora sofreu um baque: aqueles responsáveis, de vi
CINE-TEATRO GARRETT Uma boa notícia que nos dá o «O COMÉRCIO DA PÓVOA DE VARZIM», na sua edição de hoje, 16 de Março de 2006: «as obras no Cine-Teatro Garrett deverão começar em breve. Neste momento o projecto está a ser ultimado e deverá ser levado brevemente à aprovação do executivo municipal (...)». E mais à frente, a mesma voz autorizada do Vereador da Cultura (Dr.Luís Diamantino), diz acreditar «que o Garrett possa estar operacional em finais de 2007»! A mesma notícia termina com um «mimo» oferecido aos poveiros: «a norte do Porto ninguém tem uma fonte de Cultura e isso implicaria que a Póvoa, com o Garrett, se poderia tornar no centro cultural de toda esta região». (a propósito: Vila Nova de Famalicão tem a programação cultural que se conhece, dista uma vintena de quilómetros da Póvoa, e fica a norte do Porto). Vale a pena ler a reportagem oferecida pelo suplemento«Sete» da «Visão», também de hoje, 16 de Março, referindo o Teatro de Vila Real como um caso de sucesso, que consegue
O EXECUTIVO E O EXECUTIVO O Metro do Porto, representado pelo Dr.Oliveira Marques, «visitou» a Póvoa. Foi notícia nos 3 semanários poveiros, com fotografia(que há-de aparecer na Folha Municipal). A finalidade era tratar com o EXECUTIVO da Câmara Municipal da Póvoa os problemas pendentes para a conclusão da Linha Vermelha. As fotografias mostraram a ausência dos Vereadores Socialistas! Os textos das notícias dizem que os Vereadores Socialistas NÃO foram sequer convidados pela Câmara ! Ao fim de tantos anos no poder, estes «senhores» do PSD ainda não aprenderam o básico, que aplicado ao presente mandato é: o EXECUTIVO Municipal é constituído por 9 (nove) pessoas eleitas; 6 representam o PSD e 3 representam o PS. Não há «executivozinhos». Há é falta de respeito e consideração , por parte do PSD, para com os Vereadores do PS e para com TODOS os poveiros. Sobra, da maioria PSD, muita arrogância. P.S.- Na sequência dos 9 elemen
PERDERAM-SE DOIS MILHÕES DE METROS CÚBICOS DE ÁGUA DA REDE PÚBLICA DE ABASTECIMENTO DESPERDIÇADOS OU DESENCAMINHADOS PELA AUTARQUIA POVEIRA ( ÁGUA SUFICIENTE PARA ABASTECER 160 PRÉDIOS DE 10 ANDARES ). DÃO-SE ALVÍSSARAS ! OS POVEIROS AGRADECEM, RECONHECIDOS, SOBRETUDO OS MAIS CARENCIADOS.
ONTEM, DIA DA MULHER A jóvem mulher tinha respondido ao anúncio, e face ao currículo enviado, foi prontamente convidada para a entrevista. A entrevista foi ontem, Dia Internacional da Mulher. «Será uma boa funcionária para a Empresa, agora que precisamos de gente nova, empreendedora», disseram. Formação académica acima do requerido; Conhecimentos informáticos muito bons; Óptima apresentação; Espírito de iniciativa elevado; ( O ordenado seria baixo: é mulher!). Praticamente aceite na Empresa, como um óptimo elemento - foi o que disseram - a jóvem mulher respondeu a uma pergunta, a seguir à do estado civil (casada) : - Tem filhos? - Tenho um filho, que é a minha felicidade . - Lamentamos, mas tendo um filho a Empresa não pode admiti-la. Foi ontem, na capital do Portugal moderno, no Dia Internacional da Mulher ! Custa a acreditar nesta orientação inaceitável; mas nem por isso (ou talvez por isso), a jóvem mulher não deix